31/08/2018
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
O País registrou 4,818 milhões de pessoas em situação de
desalento no trimestre encerrado em julho de 2018, o
maior patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada
em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
O resultado significa 98 mil desalentados a mais em
apenas um trimestre. Em um ano, 728 mil pessoas a mais
caíram no desalento.
A população desalentada é definida como aquela que
estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência,
ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho
na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho,
estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados
fazem parte da força de trabalho potencial.
O porcentual de pessoas desalentadas na população de 14
anos ou mais de idade na força de trabalho mais os que
estão em desalento foi de 4,4% no trimestre encerrado em
julho, ante 4,3% no trimestre terminado em abril. No
trimestre até julho de 2017 o porcentual de desalentados
era menor, de 3,8%.
Taxa de subutilização
Faltou trabalho para 27,555 milhões de pessoas no Brasil
no trimestre encerrado em julho deste ano, contingente
recorde de pessoas subutilizadas no mercado de trabalho,
maior patamar da série histórica da Pnad Contínua,
iniciada em 2012 pelo IBGE.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho teve
ligeiro recuo de 24,6% no trimestre até abril de 2018 para
24,5% no trimestre até julho deste ano. O indicador inclui
a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por
insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho
potencial, pessoas que não estão em busca de emprego,
mas que estariam disponíveis para trabalhar. No segundo
trimestre de 2017, a taxa de subutilização da força de
trabalho estava mais baixa, em 23,9%.
Taxa de subocupação
A taxa de subocupação por insuficiência de horas ficou em
7,2% no trimestre até julho de 2018, ante 6,9% no
trimestre até abril.
O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada
inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar
por um período maior. Na passagem do trimestre até abril
para o trimestre até julho, houve um aumento de 271 mil
pessoas na população nessa condição. O País já tem 6,569 milhões de subocupados por insuficiência de horas
trabalhadas.
Já a taxa combinada de subocupação por insuficiência de
horas trabalhadas e desocupação foi de 18,6% no
trimestre até julho de 2018 ante 18,9% no trimestre até
abril.
A taxa combinada de subocupação por insuficiência de
horas trabalhadas e desocupação inclui as pessoas
ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais
que gostariam de trabalhar por um período maior,
somadas às pessoas que buscam emprego.
A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho
potencial - que abrange as pessoas que gostariam de
trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que
procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar
(força de trabalho potencial) - foi de 18,6% no trimestre
até julho de 2018, o que representa 20,986 milhões de
pessoas nessa condição. No trimestre até abril, essa taxa
estava em 19,0%.