09/06/2014
Ao contrário de outros setores, os fabricantes de vestuário já contabilizam perdas com a Copa. Segundo o presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, as confecções devem reduzir a produção entre 20% e 30% nos meses de junho e julho e as perdas devem seguir até o final do ano. O prejuízo financeiro pode chegar a R$ 3 bilhões até o Natal. "O Brasil pode ganhar a Copa, mas o vestuário brasileiro já perdeu, e de goleada para as importações de roupas chinesas", diz. Ele estima que menos 80% das roupas e acessórios alusivos ao campeonato são importados da China. Com isso, as roupas produzidas pela indústria brasileira - que tem custo de 42% com impostos em cada peça contra 13% das chinesas - ficam encalhadas.
A indústria elétrica e eletrônica também prevê perdas. Em abril, 58% das empresas projetavam perdas na produção por conta dos horários diferenciados dos jogos. A pesquisa também identificou que apenas 33% delas estavam preparando jornada especial neste período, numa tentativa de amenizar as perdas. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Elétricas e Eletrônicas (Abinee), Humberto Barbato, para se evitar prejuízos à produção, é preciso conciliar o interesse das indústrias com a legítima vontade do trabalhador de acompanhar a Copa.
Fonte: DCI