CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

Vendas no setor de eletro recua nos cinco primeiros meses

  1. Principal
  2. Notícias

13/07/2022

Andreia Leite

O setor de eletroeletrônicos, apresentou retração de 24% nas vendas ao varejo nos primeiros cinco meses de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram anunciados pela Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), na edição de 2022 da Eletrolar Show, maior feira do setor no país que reúne fabricantes da indústria e do varejo.

De acordo com a associação, a inflação, juros elevados e o reflexo na renda das famílias foram responsáveis pelo resultado negativo nos primeiros cinco meses do ano. A nível de comparação, foram comercializados 31,49 milhões de unidades de produtos neste ano, contra 38,99 milhões em igual período de 2021.

Embora o cenário seja desafiador para o segmento, o segundo semestre é de expectativas de bons resultados em razão das datas sazonais que tradicionalmente aquecem o mercado varejista. “São datas importantes para o varejo como a Black Friday e o Natal. A própria realização da Eletrolar Show, que neste ano conta com 13 de nossas 34 associadas, ou seja, o dobro de participantes da última edição em 2019, é um sinal claro de que nossos empresários estão confiantes, apesar de um cenário macroeconômico bastante desafiador” afirma o presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento. Ainda segundo o executivo, a Copa do Mundo que será realizada bem no final do ano no Qatar também pode se converter em aquecimento nas vendas de alguns produtos, em especial de televisores.

“A Feira é uma excelente oportunidade para o incremento dos negócios entre indústria, varejo e consumidor. Iniciamos aqui a retomada do setor eletroeletrônico”.

O estudo, revela ainda que a série histórica dos últimos 5 anos, em média, o setor comercializou 36,10 milhões de produtos nos primeiros 5 meses, de janeiro a maio. Em 2022, entretanto, foram comercializados 31,49 milhões, o que indica vendas 13% inferiores à média do setor no período. “Nossos resultados estão diretamente vinculados ao poder de compra da população que vem sendo prejudicado pela inflação alta, que diminui a renda das famílias, e o aumento na taxa de juros que eleva as restrições e inibe o consumidor a buscar crédito para adquirir nossos produtos. O dólar acima de patamares desejáveis também dificulta”, destaca Nascimento.

Fatores como aumento nos custos dos insumos e do frete internacional também são prejudiciais para as vendas. “Nossas indústrias estão comprometidas com a manutenção dos preços dentro do possível, garantindo a operacionalidade de seus negócios. Entretanto, os aumentos muitas vezes são inevitáveis quando se trata de um problema estrutural, que afeta toda cadeia produtiva, se desdobrando até o varejo”, pontua.

Segundo a Eletros, com o arrefecimento da pandemia o setor passou a disputar parte da renda das famílias com o setor de serviços. “Na pandemia, apesar de um período caótico registrado nos primeiros meses, não apenas recuperamos as vendas, como registramos resultados surpreendentes. O isolamento fez com que o consumidor investisse em melhorias no lar”, explica.

Conforme o dirigente, a indústria nacional de eletroeletrônicos e eletrodomésticos continua acreditando no país, investindo para oferecer aos consumidores mais comodidade por meio de produtos inovadores, sustentáveis e acessíveis.

Evento

Em sua primeira edição presencial desde o início da pandemia, a Eletrolar Show 2022 acontece desde o dia 11 e segue até 14 de julho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo com mais de 700 marcas expositoras, que levarão à feira mais de 10 mil produtos e cerca de 2 mil lançamentos.

O setor de varejo, um dos mais afetados durante a pandemia, dá sinais de retomada. Com isso, Carlos Clur, CEO do Grupo Eletrolar e realizador da Eletrolar Show falou sobre o que esperar da 15ª edição da feira.

“Os produtos premium são tendência, mas estão restritos a famílias com renda mais alta. Com a alta dos preços, os produtos com especificações mais simples – melhor custo X benefício, mesmo pertencendo a classificação premium, são mais procurados pelo consumidor. Dentro dessa gama de produtos, é possível citar os produtos do dia a dia, linha branca, eletroportáteis e smartphones (fritadeiras elétricas sem óleo, aspiradores de pó, cooktops, fogões, refrigeradores, laptops). E se pensar que estamos em ano de Copa do Mundo, a categoria TVs, com telas acima de 55”, também são tendências”, anuncia o executivo. “E o que mais vai continuar a revolucionar o mercado são os produtos interativos e a casa conectada: o ar-condicionado, a iluminação, o aspirador de pó, a geladeira e a Alexa estão conectados pelo smartphone”.

Hábitos pós-pandemia

Foram necessários dois anos de reclusão para o brasileiro se voltar para dentro de casa – dar aquela revisada nos móveis, nos equipamentos eletrônicos, nos eletrodomésticos… A ideia de ter que ficar longe do restaurante, da lanchonete ou até do quilo fez com que os seus hábitos mudassem.

Diante desse cenário, algumas tendências vieram para ficar, além de entregas em domicílio (delivery) de restaurantes, supermercados, farmácias e tantos outros tipos, o consumidor passou a se preocupar com o lixo a ser descartado, móveis mais confortáveis, eletrodomésticos mais econômicos e práticos, eletroeletrônicos com funções que conectam a TV com o notebook, por exemplo.

Os produtos queridinhos do varejo hoje são a air fryer, o aspirador robô, compacto e fácil de manusear e é compacto, além dos produtos da casa conectada, que deixou de ser exclusividade dos filmes e passou a fazer parte do dia a dia – desde assistentes virtuais que lêem as notícias, tocam música e falam a previsão do tempo, como smartphones que se conectam aos eletrodomésticos, portáteis e eletroeletrônicos.

A indústria traz para o evento, produtos práticos, de fácil utilização, compactos e sustentáveis. Na feira, o visitante poderá ver os produtos aplicados em três espaços especiais: a Casa Conectada, a Arena Gamer e a Arena Mobilidade Urbana.

Sustentabilidade

Outro destaque na edição deste ano está associada ao ESG (governança ambiental, social e corporativa em inglês). A indústria de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, games, tecnologia e utilidades domésticas está comprometida com materiais sustentáveis desde a embalagem até o produto final.

Atualmente, muitas empresas têm se modernizado para atender a essa tendência do chamado “consumo verde” – forma consciente de adquirir, utilizar e descartar produtos, aumentando assim, as vendas e trazendo benefícios ao meio ambiente.

“Cada vez mais, o consumidor procura produtos que preservem os recursos naturais e o meio ambiente. Por isso, é importante a indústria se modernizar e adaptar suas fábricas e produtos à redução de energia, água, descarte, entre outras iniciativas”, informa Carlos Clur, CEO do Grupo Eletrolar, realizador da Eletrolar Show. “Teremos vários lançamentos de produtos que trazem o selo verde”.

Fonte: Jornal do Commercio

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House