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Vendas do PIM em dólares avançaram 12,53%

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02/03/2023

O faturamento do PIM fechou 2022 em alta. As vendas do Polo Industrial de Manaus em dólares avançaram 12,53%, com US$ 33.97 bilhões (2022) contra US$ 30.19 bilhões (2021). Convertida em reais, a cifra passou de US$ 162,95 bilhões (2021) para US$ 174,10 bilhões (2022), indicando elevação nominal de 6,84% –para uma inflação acumulada de 5,79%, no IPCA. Levando em conta apenas o confronto de dezembro com igual mês do exercício anterior, o resultado em dólar (US$ 2.40 bilhões) marcou estabilidade, mas o desempenho em reais (R$ 12,53 bilhões) ficou negativo em 6,35%.

Praticamente todos os subsetores que carreiam o PIM conseguiram encerrar 2022 no azul, com destaque para duas rodas e bens de informática, relojoeiro, químico, metalúrgico e termoplástico. A indústria eletroeletrônica, que vinha amargando recuos mensais até julho, foi pouco além do empate, enquanto o polo mecânico marcou balanço negativo. Em paralelo, a média de empregos superou a marca de 109 mil postos de trabalho. É o que revelam os Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, divulgados pela Suframa, nesta terça (28) –dia de aniversário de 56 anos da ZFM.

A despeito dos números positivos, os resultados atingidos pelo PIM em 2022 vieram abaixo da projeção da Fieam (Federação da Indústria do Estado do Amazonas), divulgada no final de dezembro do ano passado. A entidade empresarial havia estimado um crescimento de 15,06%, em dólares (US$ 34,71 bilhões), e de 10,42%, em reais (R$ 179,83 bilhões). O número ficou mais próximo da faixa prospectada pela Suframa, que estava entre R$ 170 bilhões e R$ 175 bilhões –embora a autarquia não tenha arriscado a projeção em dólares. A avaliação das lideranças da indústria é que a crise do IPI e as oscilações na demanda comprometeram o desempenho.

Segmentos e produtos

Na análise em dólares, 22 dos 26 subsetores listados pela Suframa fecharam 2022 com faturamento ascendente. A maior alta proporcional se deu na divisão industrial de minerais não metálicos, que decolou 239,54%, ao somar US$ 68.47 milhões. Foi seguido de longe pelos segmentos de vestuário e calçados (+76,79% e mais de US$ 7 milhões), diversos (+38,99% e R$ 90.62 bilhões) e de duas rodas (+36,72% e US$ 5.09 bilhões). Os tombos mais significativos vieram dos subsetores de couros e similares (-41,44% e US$ 6.33 milhões) e mecânico (-23,90% e US$ 1.92 bilhão).

Os polos de bens de informática e de eletroeletrônicos responderam por quase 50% das vendas. O primeiro emendou o 11º mês de liderança em participação, com fatia de 29,57%, com alta de 19,89% no faturamento (US$ 10.04 bilhões). O segundo teve 18,40% de share e viu suas vendas subirem apenas 0,43% (US$ 6.25 bilhões). Na sequência do ranking de participação das vendas estão os subsetores de duas rodas (15%), “outros produtos” (12,01’%), termoplásticos (8,67%), químicos (8,47%) e metalúrgico (7,90%).

Entre os principais produtos do PIM, o destaque veio dos monitores com tela de LCD para uso em Informática, com 3.178.924 unidades fabricadas e incremento de 105,92% em relação aos 12 meses de 2021. A lista inclui também celulares (+6,83% e 15.463.893), motocicletas, motonetas e ciclomotores (+18,49% e 1.441.205) e televisores com tela de LCD e OLED (+2,64% e 10.711.486). No outro extremo, bicicletas (-19,37% e 616.914), relógios (-6,32% e 7.000.183), condicionadores de ar split system (-21,49% e 4.350.528), e equipamentos de fitness (-37,57% e 41.519) amargaram quedas.

Mais empregos

A geração de empregos no PIM em 2022 foi a maior em sete anos. A média mensal de mão de obra foi de 109.759 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados, o que equivale a uma alta de 3,68% ante 2021 (105.867). O resultado ainda aparece como o melhor número da série histórica da Suframa, desde 2015 (105.015) –que foi ano de PIB negativo. Mas, houve desaceleração entre novembro (114.226) em dezembro (108.373) – mês em que começam as férias coletivas no Distrito –e recuo diante de dezembro de 2021 (109.360).

Os maiores índices de crescimento ao longo dos 12 meses de 2022 vieram dos segmentos de “produtos diversos” (+27,08% e 61), relojoeiro (+16,72% e 2.436) e termoplástico (+13,45% e 12.679). Somente os polos ótico (-23,11% e 416), de couros e similares (-15,56% e 76), mecânico (-13,47% e 5.812) e têxtil (-11,26% e 410) e eliminaram vagas.

Levando em conta só a mão de obra efetiva, o saldo anual se manteve no azul pelo sétimo mês seguido. Foram criadas 2.798 vagas, dado o predomínio das contratações (33.218) sobre os desligamentos (30.420). O saldo, no entanto, também foi o mais baixo desde 2018 (-1.310) e corresponde a menos da metade do resultado de 2021 (+7.440).

“Números históricos”

O texto divulgado pela assessoria de imprensa da Suframa aponta que o faturamento nominal em reais acumulado ao longo de 2022 configurou um novo recorde para o PIM. No mesmo texto, o superintendente interino da Suframa, Marcelo Pereira, assinala que os “números históricos” reafirmam a condição do Polo como um dos principais parques industriais e tecnológicos da América Latina e enaltece a capacidade da Zona Franca de Manaus de continuar contribuindo para o crescimento da indústria brasileira.

“É importante destacar não apenas o novo faturamento recorde, mas sua elevada capacidade de geração de emprego e renda. Fechamos 2022 com aproximadamente 110 mil postos diretos de trabalho. Mas, levando-se em consideração os empregos indiretos e induzidos, podemos estimar que o PIM tem um impacto positivo para a geração de mais de 700 mil vagas apenas no entorno de Manaus, sem contar as centenas de milhares de postos de trabalho fomentados em todo o território nacional. Nesses 56 anos, essa é a mensagem que queremos passar: a ZFM é decisiva para o processo de reindustrialização e de indução à sustentabilidade no país e queremos cada vez mais vê-la reconhecida como Zona Franca do Brasil”, ressaltou Marcelo Pereira.

Efeito IPI

O presidente da Fieam, e vice-presidente executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Antonio Silva, também considerou que os números foram positivos para o PIM, mas ressalvou que o resultado poderia ter sido melhor. O dirigente lembra que o Amazonas passou quase metade do ano passado em discussões e embates para salvaguardar a ZFM dos impactos negativos dos decretos de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado).

“Essa insegurança teve repercussão ampla sobre a atividade produtiva do Polo Industrial de Manaus. Além disso, a questão política e a desconfiança do consumidor também refrearam um crescimento mais acentuado. Mas, não obstante esses problemas, os indicadores foram favoráveis, o que demonstra a solidez do modelo, tanto que o faturamento apresentou resultado recorde. Em relação à mão de obra, os dados também foram positivos, encerrando o exercício com média mensal de 110 mil empregos diretos, percentual 3,67% superior à média mensal atingida em 2021”, concluiu.

Fonte: JCAM

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