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Venda de televisores no comércio do Amazonas cai 39% no 1º semestre

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21/07/2015

Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) apontam que de janeiro a junho, a venda de televisores no comércio do Amazonas caiu 39%, ante mesmo período de 2014. De acordo com a Associação, foram 4,8 milhões de TVs comercializadas no primeiro semestre, contra 7,9 milhões em 2014. Concentrando quase 100% da produção nacional de televisores, o Polo Industrial de Manaus (PIM) é diretamente afetado pela “ressaca pós-Copa do Mundo”, aliada ao momento de crise da economia nacional.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo descartou qualquer possibilidade de retomada no segundo semestre do segmento industrial de eletroeletrônico, mesmo sendo este um período tradicionalmente de vendas mais aquecidas para o setor. “Nós, representantes empresariais, não temos perspectivas de que, pelo menos ainda este ano, teremos um resultado positivo. Isso tudo é o reflexo do momento que estamos vivendo hoje no país. Quando temos quedas de faturamento, produção, investimentos e empregos é reflexo do cenário de crise que vivemos hoje”, lamentou.

De acordo com Azevedo, uma redução nas vendas de televisores no varejo já era esperada para 2015, em virtude do cenário de recessão econômica. Por isso, segundo ele, a indústria tem tentado, de modo geral, reduzir seus custos e manter seus preços na tentativa de minimizar os prejuízos. “Só este ano já tivemos dois períodos de férias coletivas. Acontece que há escassez de crédito no mercado, o custo do dinheiro está alto. A indústria está fazendo de tudo para tentar diminuir os prejuízos, mas é o mercado que está desaquecido, ou seja, estamos vivendo uma recessão neste momento”, comentou Azevedo.

Segundo semestre


Lourival Kiçula afirma que para compensar as vendas da primeira metade do ano, um segundo semestre "bom" não será o bastante. "O crescimento de 60% no segundo semestre sobre o primeiro, a que o setor está acostumado, não é mais suficiente. Precisamos de uma alta de 70% a 80% para que as coisas fiquem melhores. Para isso, será necessária uma revoluçãozinha, com bons lançamentos", diz Kiçula.

Ele diz acreditar que a "bolsa de maldades" do ajuste fiscal chegou ao fim e espera que o governo "comece a dar notícias boas". "A confiança do consumidor precisa voltar e o financiamento tem que ser possível, não com os juros altos como estão", diz.

Linha branca

No mesmo período, o volume de vendas de produtos da linha branca caiu 11%, passando de 8,3 milhões em 2015 para 7,4 milhões no ano passado. Nesse segmento, a maior queda foi na comercialização de fogões (18%). Isso porque, segundo Kiçulo, esse foi o único produto que apresentou alta, de 5%, nas vendas em 2014. O micro-ondas registrou queda de 12% e os refrigeradores, de 10%. As lavadoras, que economizam água e podem ganhar espaço com as novas leis do trabalho doméstico, tiveram queda de 1%. Entre os eletroportáteis, que incluem liquidificador, ferro e cafeteira, a queda foi de 19%. Para Kiçula, o segmento pode ter sido afetado pela importação. "Eles são tecnológicos e fáceis de trazer de uma viagem ao exterior".

Emprego


Sem citar números sobre demissões no setor, Kiçula disse que o primeiro semestre foi difícil para as linhas branca e marrom. "Não usamos o lay off, o que significa que ainda não estamos seguros de que a situação vai voltar a ficar muito boa. Gostaria de dizer que temos certeza, mas não temos, temos a esperança de que o mercado cresça no segundo semestre, porque seria o natural", diz.

Fonte: JCAM

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