07/02/2017

O mercado mundial de tablets está em franco encolhimento — e ainda não se vê o fundo do poço. A consultoria IDC divulgou ontem, 02.02, sua contagem de unidades vendidas pelas fabricantes. Foram despachados das fábricas 52,9 milhões de tablets no quarto trimestre de 2016, número 20,1% menor que no mesmo período de 2015. Com a queda, chegou-se ao nono trimestre seguido, pouco mais de dois anos, de encolhimento.

A avaliação da consultoria é que o tablet “slate”, sem nenhum teclado embutido, vem perdendo atratividade. O consumidor que recorre a esta categoria busca preço baixo como principal diferencial, deixando pouco ou nenhum espaço para os fabricantes se diferenciarem. O crescimento das telas dos smartphones também atrapalha.

Já o mercado dos destacáveis, aparelhos que trazem um teclado removível, começa também a enfrentar problemas. Segundo a IDC, os preços de notebooks 2 em 1, aqueles com tela sensível ao toque, já é parecido e tende a atrair quem pensava no tablet com teclado.

Ao longo de 2016, as vendas somaram 174,8 milhões de unidades, uma queda de 15,6% em relação a 2015. No ano, Apple vendeu 42,6 milhões de peças; Samsung, 26,6 milhões; Amazon, 12,1 milhões; Lenovo, 11,1 milhões; Huawei, 9,7 milhões; e outras marcas juntas, 72,7 milhões.

Competição

No embate entre as empresas, o ranking das maiores vendedoras é parecido com aquele dos smartphones. A Apple segue como líder, mesmo tendo vendido 13,1 milhões de iPads (-18,8%). Em segundo lugar vem a Samsung, com 8 milhões (-11,4%), e em terceiro a Amazon, com 5,2 milhões (-06%). Lenovo e Huawei conseguiram crescer nessa disputa em que vale o preço. A primeira despachou 3,7 milhões de unidades (+14,8%), e a segunda, 3,2 milhões (43,5%).

Fonte: Eletrolar.com