15/06/2015
Entre janeiro e março, a receita do varejo obtida com smartphones cresceu 34% em relação ao 1.º trimestre de 2014, enquanto a média do setor de eletroeletrônicos em geral faturou 8% menos, aponta o levantamento da empresa de pesquisa GFK.
No período, cerca de R$ 2 bilhões deixaram de entrar no caixa das lojas de eletroeletrônicos.
"A única coisa que está vendendo hoje é smartphone porque ele é o canivete suíço da era digital", afirma o diretor da GFK para telecomunicações, Oliver Roemerscheidt.
Com o bolso mais apertado, o consumidor está dando prioridade para a compra do produto porque ele agrega várias funções num único aparelho e funciona como um computador de bolso.
Marco Arruda, diretor de vendas da Motorola Mobility, conta que a sua empresa está a todo vapor para atender à demanda por smartphones. Desde o fim do ano passado, trabalha em três turnos na fábrica de Jaguariúna, no interior do Estado de São Paulo.
Enquanto as fábricas de eletrodomésticos da linha branca demitem, a empresa está contratando 200 engenheiros para expandir a área de pesquisa e desenvolvimento.
Além do smartphone ser "objeto de desejo", Arruda atribui a alta de vendas a vários fatores. Um deles é que a telefonia no País está migrando para a nova tecnologia 4G e muitas operadoras estão com ofertas atraentes para o produto.
Também a base instalada de celulares no País é de aparelhos tradicionais que gradualmente estão sendo substituídos. De acordo com a GFK, de cada dez celulares vendidos, nove são smartphones.
Fonte: Estadão