18/11/2013
O projeto já estará no orçamento da universidade do próximo ano. A estratégia e essência do programa é manter os alunos depois de formados no Estado, além de garantir a ampliação do conhecimento, produção científica e tecnológica.
“A ideia é que estes alunos que estão se formando possam continuar trabalhando no Amazonas e que tenhamos mais professores qualificados”, destacou o reitor da UEA, Cleinaldo Costa. “Queremos que até 2020, a UEA esteja renovada e que o Estado gere emprego e renda”, observou.
Ainda de acordo com o reitor, projetos como este já existem em outras regiões do País. “Estamos atrasados em relação a outros Estados, mas a ideia é tornar a UEA, com esta reformulação, referência do Norte do País”, afirmou Costa.
“Desenvolver o curso é uma necessidade e obrigação nossa. Estamos com uma grande expectativa. Também somos responsáveis pelo planejamento e apoio ao Estado no sentido de avançar”, acrescentou.
Mestres e doutores que ainda estão em formação, poderão usufruir de parcerias com universidades do País e estrangeiras para a qualificação. Professores com doutorado serão líderes de grupos nas diversas linhas de pesquisa.
O reitor da UEA destacou que Governo do Amazonas assinou um edital de projeto de especialização de professores dos ensinos Fundamental e Médio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc). O projeto, que levou seis meses para ser concluído, é de autoria da UEA e conta com 6 mil vagas e já faz parte do projeto UEA +20.
“Já é estratégico, os professores receberão essa especialização e estarão aptos a qualificarem seus alunos, que consequentemente poderão entrar na universidade”, disse.
Parcerias
Por força de lei, as indústrias instaladas no PIM investem cerca de 1% do seu faturamento anual na UEA, em seus projetos de pesquisas e desenvolvimento, desde o início da instituição.
De acordo com os dados do Balanço Geral do Estado, a receita empenhada pela universidade no ano passado somou R$ 223,2 milhões, equivalente a 9,39% da fatia do bolo dos custos entre as três esferas do poder repassados pelo Tesouro do Estado.
De acordo com o reitor, a não participação destes alunos recém-formados no PIM, por exemplo, se devia à “falta um foco maior” e falta de participação de outros envolvidos. “Para fomentar esse projeto e sua efetividade, precisávamos da participação das estruturas do PIM e até mesmo de outras instituições de ensino”, disse.
Indústria
O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, observa que há uma carência no ensino. “Há uma certa defasagem em alguns cursos, como os de engenharia, que precisam ser atualizados e somados a cursos complementares e especializações”, disse.
Segundo Périco, o projeto traria vantagens não só para a indústria, mas também para o comércio e agricultura. “Depois de formados, eles poderão trabalhar em suas áreas de competência. Nas empresas, poderão participar de um estágio remunerado, por exemplo, que servirá como incentivo a ficar no local de trabalho e continuar nos estudos”.
O Cimea participará da UEA +20 definindo quais as competências de mercado e evidenciando novas oportunidades. Posteriormente, as discussões serão intensificadas e deverá ser feito um mapeamento de quais indústrias devem participar, porém o presidente do Centro afirma que todas as indústrias só têm a ganhar.
Fonte: Portal D24am.com