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Turismo em agonia - Editorial

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30/09/2020

Fonte: Acrítica - Editorial

As notícias para o setor de turismo não poderiam ser piores. O número de turistas estrangeiros caiu 65% no primeiro semestre. Até julho, o e-commerce ligado ao setor (agências de viagens on-line, canais de vendas diretas das companhias aéreas e sites de hospedagem) caiu 63%. Desde o início da pandemia, o turismo já acumula perdas de R$ 182,6 bilhões. E as perspectivas não são nada boas para o curto e médio prazo, podendo melhorar a partir dos impactos positivos de uma possível vacina. Mas enquanto isso não acontece, o setor agoniza e pede medidas urgentes de apoio, principalmente para as micro e pequenas empresas ligadas ao trade turístico.

Cabe às entidades ligadas aos diferentes nichos do turismo exercer pressão para obter socorro antes que haja uma quebradeira ainda maior. No caso do Amazonas, além da perda do turismo internacional, há ainda o turismo de negócios, que alimenta a rede hoteleira da capital, sustentada pela movimentação causada pela Zona Franca de Manaus. Ocorre que esta rede já estava mal das pernas por conta do próprio enfraquecimento do modelo industrial amazonense nos últimos anos. Com a pandemia, as reuniões e eventos online vêm atingindo um novo patamar. A tendência é que o turismo de grandes eventos encolha significativamente – pelo menos por enquanto – e as viagens de negócios sejam reduzidas ao mínimo possível. Tudo que puder ser resolvido “onlinemente” será.

E como ficam os pesados investimentos feitos desde o início desta década no fortalecimento da rede hoteleira de Manaus? Terão que se reinventar. Muitos apostaram na divulgação mundial que a capital teria com a Copa de 2014, e Manaus viu a inauguração de muitos hotéis de padrão internacional no intervalo de poucos anos. A Copa passou, o Brasil foi goleado, os turistas não voltaram, e agora veio a pandemia.

Especialistas concordam que, apesar do forte solavanco, o turismo vai sobreviver, mas terá que se ajustar ao novo cenário. Para fazer esse ajuste de rota, é preciso dinheiro, linhas de crédito desenhadas especificamente para socorrer os diferentes nichos do setor. Nesse ponto, não basta disponibilizar os recursos, é necessário conhecer bem cada segmento, ter o mapeamento daqueles mais afetados e simplificar a burocracia para garantir que o dinheiro chegue a essas empresas.

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