19/01/2021

Fonte: Brasil Amazônia Agora

“A nós, que atuamos no setor produtivo, resta seguir fazendo nossa parte, fortalecendo e compartilhando com apelos e atitudes a mensagem de nossa Ação Social Integrada… Tudo vai dar certo!”

Wilson Périco

presidente do CIEAM
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Esta é a mensagem escrita na embalagem das refeições/lanches entregues pela equipe da Ação Social Integrada, ASI, na semana passada, para as unidades públicas de saúde de Manaus. A moçada – que integra o exército de guerreiros da Conselheira do CIEAM, Regia Moreira Leite – absorveu e fermentou espírito de sua coordenadora, ao adotar a frase que resume a bandeira e a mensagem da ASI, versão 2021 da iniciativa. Saímos do chão de fábrica para as ruas, levando para os hospitais produtos estranhos à rotina produtiva indústria de Manaus que nunca havia produzido muito menos doado tantos Equipamentos de Proteção Individual aos valorosos heróis da Saúde. Chegou a vacina, as vidas precisam ser salvas, especialmente daqueles que se dedicaram e se dedicam a salvá-las.

Pelo amor ou pela dor, as pessoas e as entidades precisam se reinventar, aprender na adversidade e reafirmar sua responsabilidade social. Começamos janeiro com movimentação civil e pública, nunca vista em Manaus, no modo Solidariedade, que voltou com força total para aliviar o sofrimento e a angústia que tomou conta de todos. Enquanto vida tivermos, o cenário da dor coletiva permanecerá fincado em nossos corações e mentes.

Explosão de casos, ocorrida neste início de janeiro, multiplicando a contaminação e elevando as estatísticas de óbito, pegou a todos de surpresa. Por que só aqui se a quebra das recomendações foi nacional? Depois a Ciência explicou.. mas seja qual for a complicação de uma coisa já estamos certos, ninguém quer se eximir deste mutirão fraternal.

Leitos, equipamentos, profissionais da saúdee, alimento, água e oxigênio… de um instante para o outro tudo foi-se tornando escasso diante da avassaladora expansão da pandemia da Covid 19, com variantes assustadoramente letais. Pouco importa neste momento se A, B ou C fez ou não fez sua parte. Afinal, não estamos acomodados na cadeira de Juiz. Depois, na hora permitida, paramos para acertar e buscar alinhamento. A hora é de trabalhar e reduzir os estragos da tormenta.

Correndo contra o tempo e envolvidos com a gravidade de tantas demandas, a mobilização voluntária da ASI, que atuou em 2020 com extrema determinação e generosidade, se ampliou no âmbito da indústria e foi além dela. Uma vibração envolvente e coletiva que nos propiciou a oportunidade de reconciliarmo-nos com quem mais precisa na hora de maior desesperança.

O oxigênio foi um episódio à parte sobre o qual muita gente já falou e extravasou. Aqui vale registrar sobretudo os esforços das empresas do Polo Industrial De Manaus, sem deixar de destacar dezenas de iniciativas de doadores locais, nacionais e de outros países. Temos insistido nas reflexões sobre como o Amazonas, o maior estado da federação, do ponto de vista geográfico, é também o mais preservado com a colaboração indireta da indústria, que responde por 80% de movimentação da roda da economia.

Isso significa que a floresta preservada, pelo fato de fixar 20 bilhões de carbono, emite em termos da renovação/purificação da atmosfera, algo equivalente em termos de oxigênio e outros serviços ambientais. As indústrias que consomem oxigênio em sua cadeia produtiva, queremos sublinhar, trataram de interromper tais setores para repassar o oxigênio para a população. E isso vai perdurar enquanto houver necessidade efetiva do gás precioso. A nós, que atuamos no setor produtivo, resta seguir fazendo nossa parte, fortalecendo e compartilhando com apelos e atitudes a mensagem de nossa Ação Social Integrada… Tudo vai dar certo!