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Treze segmentos do PIM com resultado negativo, segundo a Suframa

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11/07/2013

Embora o faturamento registrado pelo Polo Industrial de Manaus (PIM) tenha alcançado a cifra de US$ 3,2 bilhões em maio – um avanço de 6,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior –13 dos 22 segmentos que compõem o parque fabril amazonense continuam com ganhos no negativo, segundo os indicadores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

De acordo com representantes da indústria local, as incertezas econômicas e indefinições tributárias colaboraram para que o polo seguisse “escorregando” no desempenho.

Entre os setores que patinaram no faturamento, o polo eletroeletrônico, com US$ 990,5 milhões, ficou abaixo da linha de US$ 1 bilhão e registrou queda de 0,9% em relação ao maio do ano passado. Já o setor de duas rodas, mesmo em processo de recuperação, não saiu do vermelho e observou retração de 0,3%, com US$ 616 milhões faturados.

Outros segmentos, como o relojoeiro e o metalúrgico, também amargaram desempenhos abaixo do esperado, com recuo de 5,9% e 13,8%, respectivamente. As fábricas de bebidas e do segmento naval, por sua vez, foram as que anotaram as maiores reduções percentuais, com 29% de queda no primeiro caso e de 42,8%, no segundo.

O analista econômico da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Gilmar Freitas, apontou que ao contrário da expansão registrada frente a maio do ano anterior, na comparação com abril deste ano a atividade industrial amazonense verificou queda  de 3%. Para ele, o índice torna mais difícil a leitura sobre uma tendência de crescimento no faturamento do segmento industrial.

 “O setor vinha crescendo mês a mês, o que sugeria um processo de recuperação. Porém, voltou a registrar queda novamente, denotando que a economia segue instável tanto externa quanto internamente, prejudicando estimativas mais certeiras de crescimento”, explanou.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Eletrônicos de Manaus (Sinmen), Athaydes Mariano Félix, o segmento de duas rodas, um dos mais afetados pela instabilidade, aguarda por medidas econômicas para resolver o problema de crédito das motos de baixa cilindrada.

“A discussão sobre a unificação da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que tem atrapalhado o PIM de estabelecer uma segurança jurídica, e a alta cotação do dólar, que aumentou os custos de produção, também são fatores que jogam contra o equilíbrio do segmento”, citou.  

Contrapartida
O presidente do Centro da Indústria do Estado do amazonas (Cieam), Wilson Périco, disse concordar que o processo de instabilidade afeta o parque fabril local, mas destacou que alguns segmentos têm ajudado a contrabalancear os números, mantendo o resultado positivo.

“O principal deles são os bens de informática, como tablets e smartphones, cuja produção garante bons resultados ao PIM”, destacou o dirigente, ao lembrar que o faturamento do setor (US$ 583 milhões) em maio observou aumento de mais de 50% frente ao mesmo mês de 2012.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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