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Tratado pode reduzir exportações

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13/10/2015

A aprovação do Tratado de Livre Comércio TransPacífico (TPP, na sigla em inglês), selado no dia 5 deste mês, entre os EUA, Japão e mais dez economias da orla do Pacífico, pode diminuir a competitividade das commodities brasileiras no exterior, apontou o Centro Internacional de Negócios do Amazonas (CIN-AM) da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam). O tratado elimina cerca de 50% das barreiras não tarifárias entre os países que, juntos, representam 40% da produção mundial. A expectativa é de que o novo acordo gere US$ 200 bilhões por ano quando sair do papel, atingindo 800 milhões de consumidores, segundo estimativas. "Apesar de considerado o maior acordo de liberalização do comércio dessa geração, o pacto - que deixou o Brasil de fora - pode encolher as exportações brasileiras de açúcar, lácteos, carnes e tipos de matéria-prima", afirmou o gerente-executivo do CIN-AM, Marcelo Lima. Em 2014 o Brasil exportou cerca de US$ 50 bilhões para esses doze países do bloco Trans-Pacífico. Com a redução de até 18 mil impostos sobre as exportações dos EUA, conforme noticiado.

"Pode haver troca de fornecedor de matérias-primas e isso pode ser muito prejudicial já que os EUA são os maiores compradores do nosso país", apontou Lima. Os riscos residem no fato de que os produtos comercializados no TPP ficarão comparativamente mais barato, o que reduz a competitividade brasileira. Atualmente, explica o economista, países como Austrália e Nova Zelândia são os grandes competidores do país na produção de grão e nos setores de pecuária de leite e de corte.

"Assim, vai haver mais vantagem em comprar dos países parceiros. Isso pode causar o encolhimento de até 2,7% das exportações brasileiras", disse Lima, conforme dados de estudos da Fundação Getúlio Vargas. Como alternativas para o Brasil conseguir se recuperar dessa possível perda de receita, o economista apontou a necessidade de abertura de novas fronteiras comerciais. "Uma saída para o Brasil pode ser a abertura de novas fronteiras por meio de acordos com países da África, Europa e Ásia, pois as exportações do país se concentram na América do Sul e são tímidas, sem contar que muitos países dessa área passam, assim como o Brasil, por instabilidades. Uma reforma fiscal com redução de impostos também pode aumentar a competitividade brasileira", concluiu

Fonte: Amazonas Em Tempo

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