01/12/2022
Por Alexandro Martello, g1 — Brasília
A equipe de transição deve propor o desmembramento do atual Ministério da Economia em três pastas, do Planejamento, da Economia e da Indústria e Comércio Exterior, informou nesta quarta-feira (30) o integrante da transição na área econômica, Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff.
“Houve um pedido da coordenação geral da campanha para que se estudasse a divisão do ministério da Economia em três: o ministério do Planejamento, da Economia e da Indústria e Comércio. Então esses três grupos estão fazendo suas propostas e serão enviadas à coordenação de campanha, mas é uma proposta preliminar para ser discutida e reformulada”, declarou ele.
Com isso, deve ser retomada a distribuição que havia antes do governo Jair Bolsonaro, quando todas estas pastas foram fundidas no atual Ministério da Economia, sob comando de Paulo Guedes. No início do governo, até mesmo os Ministérios do Trabalho e da Previdência estavam sob a alçada da economia, mas foram separados em 2021.
Questionado se a pasta da Economia voltará a ser Ministério da Fazenda, Barbosa declarou que isso ainda não está definido, mas que vai propor a manutenção do atual nome.
“Vamos fazer uma enquete, o que vocês acham? Fazenda, Finanças ou Economia. Para uma questão de economia de gastos, estamos sugerindo manter o nome em Economia. Não tem que mudar o letreiro, cartão, papel timbrado, nada”, declarou.
Sobre as tensões no mercado em torno do nome de Fernando Haddad para o Ministério da Economia, Barbosa afirmou que o “mercado flutua, vai e volta”
“Acho que à medida que as propostas começaram a ser definidas mais objetivamente, que dependem das discussões no Congresso. Tem algumas questões que começam na politica, que não adianta você tentar definir na técnica pois é uma decisão do congresso. Acho que a tramitação da PEC vai diminuir boa parte desses ruídos sobre valores, e sobre nomes”, declarou.
Encaminhada nesta semana ao Congresso Nacional, a nova proposta para a PEC da transição retira R$ 198 bilhões do teto de gastos (que limita a maior parte das despesas à inflação do ano anterior), sendo R$ 175 bilhões do Bolsa Família e R$ 23 bilhões para investimentos, por quatro anos.
O ex-ministro elogiou, também, o nome de Fernando Haddad para qualquer cargo na esplanada.
“O Fernando haddad é um dos melhores quadros políticos do Brasil, foi um ótimo ministro da Educação, foi um bom prefeito de SP. Foi o candidato a presidente quando o presidente lula não pôde ser. Fez uma ótima campanha em SP. Um dos melhores quadros políticos do PT e do Brasil”, afirmou.
Fonte: G1