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Transformação digital é lenta

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21/09/2021

Embora alguns avanços voltados às novas tecnologias para a indústria 4.0, empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus), ainda enfrentam desafios em relação ao processo de automação, esse atraso está relacionado, principalmente, pela falta de mão de obra qualificada para o processo produtivo das indústrias.

E o que revela coordenador da Cdai (Comissão de Desenvolvimento, Automação e Inovação) e subcoordenador da CTI (Coordenação de Tecnologia e Inovação), do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) e da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Paulo Xavier.

Ele diz que apesar da tendência no processo de automação para acelerar a produtividade, a realidade da indústria é bem diferente. "Tendência a indústria já tinha conhecimento há pelo menos três a quatro anos atrás. Agora implementar já depende de dois principais fatores: recurso financeiro e cultura digital. Esta última, se não está no comando da empresa, no planejamento estratégico, seguirá em passos lentos. Precisamos ter um 'Choque' de gestão".

Segundo Paulo, infelizmente nem todos os líderes e nem todos os funcionários estão preparados para esse novo momento. Somente em Manaus existem mais 500 vagas de empregos em aberto na área de tecnologia que não conseguem ser preenchidas por falta de profissionais qualificados. "As universidades e institutos de tecnologia não estão conseguindo formar pessoas para suprir essa demanda. Estamos com um GAP de capacitação e formação gigantesco que se o Ministério da Educação não fizer nada a respeito iremos continuar com esse cenário por muitos anos. Estamos atrasados no mínimo uns 20 anos nesse processo de capacitação", pontua.

Para tentar contornar essa deficiência ele destaca que o Cieam tem desenvolvido um trabalho onde empresários tentam buscar fomentar a automação por meio da Cdai. "Com as atividades de palestras, envolvimento com a APDM (Associação do Polo Digital de Manaus), colaboração com as Universidades como a UEA (Universidade do Estado do Amazonas) onde em 2019 iniciamos um projeto chamado IAKAE que fomenta a automação com a parceria da UEA e o Ocean Samsung onde levantamos as maiores dificuldades da indústria e aproximamos as startups locais para apresentar projetos de solução, trazendo uma dinâmica de capacitação e palestrantes de todo Brasil". Além de outras iniciativas que estão no plano de trabalho do grupo da CTI. "Podemos afirmar que o processo de automação no PIM, deixou de ser um desafio, mas uma necessidade de sobrevivência".

Estudo

Para o doutor em engenharia da produção da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Sandro Breval Santiago, que coordenou um estudo do Modelo de medição da Maturidade e Prontidão da indústria 4.0 no PIM (PIMM 4.0), onde revelava que as empresas do PIM passam por transição para o novo padrão industrial tecnológico, as indústrias ainda estão em desenvolvimento. As mudanças contemplam aspectos da gestão, processos e tecnologias.

De acordo com o resultado do estudo, demonstrou: Baixa Prontidão Tecnológica das pessoas; Uso incipiente dos dados da manufatura; CPS - Cyber Physical System ainda em formação. Dentre outras questões de atendimento aos requisitos da ind4.0

Ele comenta que o entrave no que se refere à automação industrial é inerente ao modelo de negócios e cadeia de valor do PIM. "O PIM possui uma parte de sua cadeia "empurrada", ou seja recebendo demandas das matrizes e a outra parte "puxada" no processo industrial. Quando medimos a maturidade e prontidão da Indústria 4.0 certamente propiciamos um olhar mais profundo nas dimensões da empresa, que no caso são: portfólio, manufatura, estratégia, modelo de negócios, logística, interoperabilidade e pessoas-cultura", analisa.

"Aliás, quando medimos a interoperabilidade entendemos como as organizações interagem seus dados nos eixos gestão, processos e tecnologias. Interoperabilidade é o primeiro princípio da Indústria 4.0".

Durante o levantamento ele ressaltou que no PIM têm empresas com maior aderência aos conceitos da Indústria 4.0, com utilização de tecnologias da informação e automação de forma profunda no processo produtivo, como exemplo ele cita empresas que possuem AGV (Veículos Autônomos) que auxiliam no abastecimento da produção e como também inserção automática com elevado nível de conectividade.

Para Sandro Breval a importância desse estudo é a informação da posição do PIM quanto à Indústria 4.0, permitindo que as empresas possam desenvolver seus planos de ação (RoadMaps) para o desenvolvimento de sua gestão neste novo cenário da quarta revolução industrial.

Empresas do PIM ainda enfrentam desafios em relação ao processo de automação

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