08/08/2014
Caso a greve seja deflagrada, o movimento poderá encampar quase 130 mil trabalhadores das fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), que deverão cruzar os braços nas próximas semanas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, os empresários se negam a repassar para a classe o reajuste exigido de 13,15% e outros benefícios.
Segundo ele, várias rodadas de negociações já foram realizadas para que ambas as partes cheguem a um acordo final, sendo que até o momento as negociações não saíram do ponto de partida.
Além do reajuste de 13,15%, a categoria pede um percentual acima da inflação, mais 3% sobre a produtividade, plano odontológico, licença maternidade de seis meses, auxílio creche, horas extras no final de semana de 110% e auxílio universidade para os metalúrgicos.
No mês passado, uma proposta com reajuste de 7%, que era a reposição da inflação do período, foi feita pelos empresários, mas os metalúrgicos a rejeitaram em assembleia realizada pela categoria, no dia 31 de julho.
Para Santana, as justificativas usadas pelos empresários para não repassar o reajuste não correspondem com a verdadeira situação apresentada por eles.
“Eles afirmam que o Polo Industrial está em crise, que é inviável reajustar o salário do trabalhador nesse momento, mas não foi o que a Zona Franca apresentou sobre as arrecadações das indústrias no primeiro semestre. Entre janeiro e abril, foram faturados cerca de U$ 12,3 bilhões. E mesmo assim não tem como reajustar o salário do trabalhador?”, questionou o dirigente sindical.
Segundo o presidente doSindmetal-AM, a greve deve ocorrer não pelo reajuste que não foi concedido, mas pelos benefícios que a categoria luta para conseguir e os empresários negam ao trabalhador no decorrer no ano.
Fonte: Amazonas Em Tempo