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Termoplastia reduz demissões, mas segue em instabilidade no PIM

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14/08/2013

As fábricas de termoplásticos no Polo Industrial de Manaus (PIM) demitiram 1.243 operários entre janeiro e julho deste ano. Apesar desse total significar uma redução de 14,07% na comparação a igual período de 2012, quando foram dispensados 1.418 trabalhadores, o setor igualou no mês passado a média de 170 demissões registrada no do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13) pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Material Plástico de Manaus (Sindplast) e apontam que em três anos o saldo de empregados no setor foi reduzido mais de 113%, caindo de 14,5 mil em 2011 para 6,8 mil no acumulado dos primeiros sete meses deste ano.

Segundo o presidente do Sindplast, Francisco Brito, a explicação está diretamente ligada às regras do Processo Produtivo Básico (PPB) do setor, que permite a compra de componentes importados em troca do produzido no PIM. “Estamos repetidamente chamando a atenção para esse problema. A maioria das empresas de bens finais está importando os kits prontos, em vez de comprar o fabricado pelas empresas amazonenses, gerando emprego e renda em outro país”, disse.

De acordo com o levantamento divulgado, as empresas que mais demitiram em julho foram a Masa (170), Videolar (96), Tuttiplast (88) e Sony (81). “Todos os dia homologamos desligamentos. No fim de agosto, devemos ultrapassar a marca de 1,4 mil”, disse Brito.
 
Simplast

Sobre a redução no quadro de pessoal, o vice-presidente do Sindicato da Indústria do Material Plástico de Manaus (Simplast), Carlos Monteiro, reconheceu que o setor está enfrentando problemas com as empresas componentistas que vêm descumprindo seguidamente as regras do PPB. O representante disse que o problema pode refletir em curto prazo na fuga definitiva do setor para outra região, onde compense os investimentos nos parques fabris.

Monteiro disse ainda que as dispensas fazem parte de ajustes necessários no quadro de empregados, já que o setor trabalha com pouca demanda em virtude da crise por que passa atualmente. Ele fez questão de frisar também que o grau de ociosidade do setor cresceu, embora o Simplast tenha participado de amplas discussões, mediadas pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com as empresas de bens finais, principalmente dos setores de duas rodas, splits, TVs e celulares.

“Mesmo assim, os resultados mostram que o processo de recuperação do nosso setor está ocorrendo abaixo do esperado. O excesso de importações resultou em queda na capacidade fabril. Já tivemos inúmeras reuniões, principalmente com as fábricas de motos, mas tirando a Dafra, Moto Honda e a Yamaha, que têm um grau de nacionalização bem razoável, o segmento como um todo é bem ‘amarrado’ na importação de kits”, disse.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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