09/01/2014
Uma das maiores dificuldades da companhia tem sido a concorrência com produtos importados, em um momento de crescimento lento do mercado de cobre no país, segundo a executiva. O metal é usado nos setores de construção e autopeças, em equipamentos de refrigeração e máquinas, entre outros. Em 2012, o mercado local teve retração e, em estimativas do setor feitas em setembro, a previsão era de crescimento de cerca de 2,5% em 2013.
Ainda assim, Regina diz ver oportunidades no segmento de tubos, usados em ar condicionados, por exemplo. "Acreditamos que este seja um mercado de 400 toneladas ao mês", diz a executiva. Hoje, o Brasil importa grande parte dos aparelhos de ar condicionado que consome, principalmente da China e do México. Mas uma retomada da produção local no polo industrial de Manaus vem abrindo espaço para a empresa, afirma. Também está de olho neste mercado a Paranapanema, que produz tubos de cobre em Santo André (SP) e concorre com a Termomecanica.
Enquanto aguarda uma recuperação firme do mercado interno, a Termomecanica está avançando ao exterior. Comprou uma unidade de produção na Argentina e outra no Chile. No total, investiu R$ 300 milhões nos últimos três anos. O valor inclui as compras das subsidiárias e também expansões no Brasil, com aumento da produção de tubos de cobre sem costura e uma nova linha de laminação de ligas de cobre.
"Todo esse movimento teve o objetivo de ampliar a atuação no mercado externo. Temos de pensar o mercado como um todo", afirmou Regina. Como resultado, a companhia já vendeu 30% mais ao exterior no ano passado, na comparação com 2012, o que elevou para 13,8% a participação das vendas externas no total do volume faturado pela empresa. Regina diz que manterá esforços comerciais para crescer fora do país, com a participação de feiras e credenciamento de mais distribuidores na América Latina e nos EUA.
Na Argentina, a empresa tem uma unidade de produção de vergalhões, que funciona também como um centro de distribuição da empresa para região. No ano passado, toda a produção foi vendida a clientes argentinos. No Chile, o mercado consumidor é mais restrito, e a empresa vem exportando vergalhões de latão e de cobre a outros países da região, como Colômbia, Peru, Venezuela e também para o Brasil.
Em fevereiro, a metalúrgica pretende divulgar seus resultados fechados referentes a 2013. Em 2012, faturou R$ 928 milhões e lucrou R$ 80,2 milhões.
Fonte: Valor Econômico