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Terceira onda da Covid-19 acende alerta no Polo Industrial de Manaus

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24/01/2022

Manaus (AM) - O aumento de casos da Covid-19 na capital amazonense acendeu um alerta para as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). Uma das multinacionais que já anunciou medidas preventivas é a Moto Honda, mas outras empresas articulam respostas frente ao recrudescimento da pandemia, como a diminuição da jornada de trabalho. Entretanto, a ação provoca incertezas e reacende dúvidas sobre um possível fechamento da economia no estado.

A medida da Moto Honda que diminui a jornada dos trabalhadores a um turno começou a valer nesta segunda-feira (17). O anúncio foi realizado na sexta-feira (14) em razão do crescimento de casos da Covid-19 em Manaus. Conforme a empresa, a ação se manterá entre os dias 17 e 28 de janeiro.

De acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, neste momento, a única empresa que se manifestou a respeito das medidas de readequação frente ao aumento de infecções pelo novo coronavírus foi a Moto Honda. Porém, é esperado que outras empresas divulguem suas posições futuramente, como a Samsung.

“Em algum momento outras empresas do polo industrial de Manaus deverão fazer a mesma política com relação aos seus procedimentos internos. Acho que a Samsung também deverá acompanhar e comunicar a sua tomada de decisão em relação a esse novo surto da pandemia. Então é o que nós temos”, diz o vice-presidente do Fieam.

Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Valdemir Santana, afirma que a associação já discute com as empresas sobre a suspensão da diminuição da jornada de trabalho a um turno da linha de montagem das motocicletas.

“Nós estamos conversando com a empresa para suspender alguns turnos de trabalho. Não é só a Honda, são várias empresas que estão conversando com o sindicato tem que ver como é que se comporta até o final do mês. ara que as pessoas que estão contaminadas não contaminem as outras que estão dentro da fábrica”, afirma o presidente do Sindmetal.

Para o economista Origenes Martins, os impactos do aumento da covid-19 no Amazonas já estão sendo sentidos na esfera econômica e com um “lockdown” as taxas de pobreza serão ainda maiores.

“Se houver mais um fechamento por conta desse aumento de casos da Covid, principalmente por conta da Ômicron, nós vamos ter um estrangulamento bastante complexo a nível econômico, principalmente com esse nível de pobreza e miséria a qual nós chegamos. Há muito tempo não se via no Brasil uma situação da população sem ter o que colocar na mesa para comer e nós não podemos ficar com a população dependente, única, exclusivamente do governo, seja federal, estadual ou municipal. É bastante complexo”, diz o economista.

Além disso, Origenes acrescenta que o problema é social e político e precisa ser visto com muita cautela, pois caso aconteça o fechamento da indústria é possível que ocorra um cenário de grande desemprego.

“O grande problema é que as empresas ao fecharem ao ter que dar férias coletivas elas começam a diminuir investimentos ou pensar em fechar mesmo. Então o risco de desemprego aumenta a partir do momento em que se fala em fechamento da economia”, explica.

Primeira e segunda onda

A chegada da pandemia da Covid-19 em Manaus atingiu as empresas da Zona Franca em 2020. De acordo com os dados do Centro da Indústria no Amazonas (Cieam), 90% da produção na região ficou paralisada entre os meses de abril e maio, em razão do crescimento de casos da covid-19.

Já no final de maio, as empresas retornaram aos poucos os trabalhos e em junho todas voltaram com as atividades, respeitando as medidas de proteção contra o novo coronavírus, como o distanciamento das linhas de produção e refeitórios.

De acordo com o Sindmetal, aproximadamente 63 metalúrgicos morreram por conta da covid-19 do início da pandemia até agosto de 2020.

Após um ano do aparecimento dos casos de covid-19 em Manaus, algumas empresas precisaram suspender novamente a linha de produção. Uma delas foi a Honda Motos, que interditou por 10 dias as cadeias produtivas, de 25 de janeiro a 3 de fevereiro de 2021.

Segundo a empresa, o desabastecimento de insumos foi um dos fatores que definiu a decisão, assim como o agravamento da pandemia. Na época, Manaus passava pela segunda onda da pandemia.

A concessionária Yamaha também paralisou por dez dias uma parte da produção em maio de 2021, em razão do crescimento da falta de insumos provocada pela pandemia da Covid-19.

Fonte: EM TEMPO

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