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Tendência de queda deve continuar

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11/07/2014

As vendas de produtos e insumos da ZFM tem relativa queda em cada ano que se inicia, mas em 2014, o declínio se estendeu até maio. Continuar ou não com tão poucas exportações é dúvida entre lideranças do setor industrial amazonense e o único consenso parece ser investir no mercado interno. Encabeçando recente lista divulgada pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) as três maiores representantes de importantes segmentos da indústria amazonense, acumularam quedas no período que vai de janeiro a maio, o que justifica a opinião dos especialistas.

Entraves

Burocracia, tributação alta e problemas de logística são sempre lembrados como gargalos para a indústria do Amazonas, que este ano ainda passou pela greve dos servidores da Suframa o que agravou ainda mais o quadro de baixas exportações. Para o presidente do CIN-Am (Centro Internacional de Negócios), José Marcelo de Lima estes fatores, mais o ‘calote’ argentino seriam sinais para uma mudança de planos. “Tudo aponta para mais quedas, principalmente quando vemos nossos parceiros comercias do Mercosul que estão em constante crise. Esperamos que tudo melhore neste segundo semestre ”, disse Lima.

Melhoras no segundo semestre

O desvencilhamento das exportações ainda é algo impossível, mesmo com o mercado interno absorvendo 98% de tudo o que é produzido. Segundo Lima, mercados como o venezuelano e colombiano, os mais próximos, não têm resultados satisfatórios em nossas vendas, mas as expectativas são de melhoras. “O que se esperava de vendas de televisores durante a Copa, ficou aqui mesmo. Creio que agora haja um aquecimento com as festas de fim de ano e o mercado exterior vendo a produção industrial normalizada, talvez reaja” ressalta.

Evitar a dependência

Qualquer número, mesmo que baixo ainda é melhor que ‘zero’, mas buscar alternativas para evitar prejuízos tão grandes se faz necessário, explica o presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva. “De um modo geral, precisamos definir questões como o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) e mais ainda, de um olhar diferenciado do governo federal que reduza tributos e entraves burocráticos. O Amazonas não pode ser dependente apenas da ZFM. Se tudo fosse voltado às exportações, estaríamos muito piores”, resume.

Ainda para Silva, empresas como Nokia do Brasil e Kodak da Amazônia que tiveram quedas de 70,05% e 67,54% respectivamente, devem ter mais foco no mercado interno, mais livre de amarras e que não sofre de restrições comerciais. “Pensando em proporções, a saída é focar no Brasil que absorve o que produzimos com mais rapidez e em maior quantidade. É difícil ser competitivo quando sofremos com o protecionismo a exportações de outros países” fecha o presidente da Cieam.

Dever de casa

Pouco volume em exportações de acordo com o presidente da Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas) Wilson Périco, seria o suficiente para que a ZFM tivesse um outro olhar e tentasse a reconquista do mercado interno. “O número de exportações é pequeno frente ao volume total de negócios e a geração de empregos. Somos esmagados por produtos que chegam ao Brasil e não encontram concorrência e competitividade. Temos que fazer nosso dever de casa, nos reforçar no mercado interno, investir aqui e só depois pensar em exportações”, disse Périco.

Principais exportadores em baixa

A Recofarma Indústria do Amazonas Ltda. apresentou queda de 21,70% em relação ao mesmo período do ano passado. As outras citadas não tiveram valores tão elevados, mas não deixam de ser números preocupantes. Em segundo lugar no ranking de quedas está a Moto Honda da Amazônia Ltda. com menos 10,40%, seguida pela Procter & Gamble do Brasil S.A. que caiu 6,11% em volume de exportação.

Fonte: JCAM

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