06/11/2014
Na comparação em dólar, menos sensível às flutuações cambiais, as vendas da indústria incentivada de Manaus somaram US$ 27.4 bilhões, 2,12% a menos que o mesmo período de 2013, quando o PIM faturou US$ 28 bilhões.
Considerando o faturamento mês a mês, o valor registrado em setembro deste ano (R$ 7,94 bilhões) só é menor que os números alcançados em outubro e novembro do ano passado, quando foi ultrapassada marca de R$ 8 bilhões.
Os segmentos de bens de informática e eletroeletrônico continuam sendo os principais responsáveis pelos números do PIM: somaram R$ 31,5 bilhões em faturamento, de janeiro a setembro, pouco mais da metade do faturamento total do Polo.
Neste período, o segmento de bens de informática cresceu 9,52%, enquanto o eletroeletrônico cresceu 6,67% em relação ao mesmo período de 2013.
Entre os demais segmentos, coube ao têxtil o maior índice de alta (71,30%), com R$ 37,9 milhões faturados. Ainda sob os efeitos do estrangulamento do crédito ao consumidor, o polo de duas rodas amargou queda de 2,38%, ao somar R$ 10,08 bilhões em vendas.
Produtos em destaque
Entre os produtos em destaque durante o período, os televisores e tablets continuam sendo os principais impulsionadores dos segmentos eletroeletrônico e de bens de informática, respectivamente.
Até setembro, foram produzidos 9,9 milhões de televisores com tela de cristal líquido (aumento de 12,01%) e 1,6 milhão de TVs de plasma, que cresceu a produção em 190,99% quando comparada ao mesmo período de 2013. Já os tablets registraram produção de 2,2 milhões de unidades, com crescimento de 28,01%.
A atividade fabril é perceptível nas contratações. A mão de obra no mês de setembro foi de 120.089 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados. A média mensal do ano está em 122.075 postos de trabalho, a maior já registrada para o período na história do Polo Industrial de Manaus.
“Abrimos os jornais todos os dias e vemos analistas comentando a situação da economia nacional, preocupados com o crescimento brasileiro em relação aos países vizinhos e até de outros continentes. Isso não tem sido visto em relação à Zona Franca por uma razão extremamente simples: temos tido taxas de crescimento bastante superiores ao próprio crescimento nacional”, comemorou o titular da Suframa, Thomaz Nogueira.
Problemas pontuais
O dirigente destacou que, se algumas fábricas reduziram produção e demitiram, outras ainda estão batendo seus recordes, o que contribui para que a média de emprego seja a maior da história do modelo.
O superintendente pondera, contudo, que o segmento de duas rodas ainda enfrenta problemas, ainda que pontuais. “Mas, o problema de duas rodas não tem relação com o modelo Zona Franca, mas com uma questão de mercado, que afetaria os fabricantes em qualquer lugar em que estivessem”, amenizou.
Diante da perspectiva de entregar o cargo a seu sucessor nos próximos dias, Nogueira ele se disse feliz com o desempenho do PIM no acumulado até setembro.
“Ver esses números nos deixa tranquilos em relação ao legado, mas agora, o mais importante é que um novo superintendente possa dar continuidade ao trabalho, contando com o apoio de toda a sociedade local”, concluiu.
Fonte: Amazonas Em Tempo