26/08/2019
Notícia publicada pelo site Amazonas Atual
Representantes da indústria do Amazonas armam que a queda, em 2019, de 3,11%
no número de empregos e o aumento de 10,75% na receita das indústrias do PIM (Polo
Industrial de Manaus), em relação ao ano passado, são efeitos da introdução de inovações
tecnológicas na indústria e da “retração da demanda dos últimos meses, que começa a
melhorar com a aproximação do final do ano”.
Wilson Périco, presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), armou
que “o que acontece é que, por conta das inovações tecnológicas, os produtos têm um valor
maior agregado, ou seja, para um mesmo volume pôde-se faturar mais”. Segundo ele, na
mesma linha dessas inovações, “temos a automação dos processos para atender essas novas
tecnologias”
, armou Périco.
Em maio deste ano, a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) registrou 83.650
empregos no PIM, 2.686 a menos do que o número registrado em maio do ano passado quando
haviam 86.336 pessoas empregadas. O número foi menor em abril deste ano: 82.591
funcionários.
Para Wilson Périco, os efeitos das inovações tecnológicas, que transformam a indústria em todo
o mundo, afetam diretamente os empregos relacionados a montagem manual e, para driblar
isso, o trabalhador deve “buscar, sempre, melhor qualicação e atualização” e se adaptar às
novas “oportunidades de emprego que surgirão”.
‘Retração’
Para o presidente do Fieam (Federação das Indústrias do Amazonas), Antônio Silva, o
faturamento maior em 2019 é explicado pela redução de estoques que, segundo ele, estavam
muito altos. “Com isso, houve aumento de receita ou faturamento em relação ao ano anterior”
,
armou Silva.
Sobre a queda no número de empregos, o presidente do Fieam diz se tratar do reexo “da
retração da demanda dos últimos meses”. No entanto, esse número começa a melhorar “com a
aproximação do nal do ano, que exige uma maior produção e, portanto, aquecimento do
emprego, não só para o segmento industrial, mas também em outros setores da economia”.
“Com isso crescerá o poder aquisitivo dos trabalhadores formando um ciclo virtuoso: aumento do poder aquisitivo provoca aumento da demanda que tem como resposta o aumento da produção e consequentemente aumento das oportunidades de emprego” , armou Antônio Silva.