10/08/2015
Na última terça-feira, 4, o TCU publicou o Acórdão 4637/2015, que julgou regulares com ressalvas as contas do instituto, relativas ao exercício de 2013, época que em o Inpa tinha como diretor o pesquisador Adalberto Val. Contudo, o acórdão, gerado a partir do processo 024.376/2014, recomenda à instituição duas ações que poderão contribuir para a economia do Estado.
A primeira é que sejam incluídas na pauta do Inpa pesquisas que viabilizem a geração de insumos ou produtos que possam ser utilizados no parque fabril, principal peça do motor que movimenta a economia no Amazonas. Segundo o TCU, os produtos “poderiam contribuir para a diversificação da base produtiva e a verticalização da produção local, conferindo maior agregação de valor, geração de emprego e a internalização da riqueza gerada na Região Amazônica”.
A segunda recomendação é que o Instituto inclua em seu planejamento, ações que promovam a interação entre a entidade e a iniciativa privada, “haja vista que os institutos de pesquisas devem estar próximos das empresas, fase que são essas que vão operalizar os processos de inovações e indicar as necessidades do mercado que devem permear a decisão da escolha das pesquisas a serem efetivadas”.
Na prática, o Tribunal de Contas da União identificou um distanciamento entre as pesquisas desenvolvidas pelo instituto e a economia da região amazônica. Essa é uma crítica feita nos bastidores, mas que nenhuma entidade ou autoridade tem coragem de tornar pública.
Ficará a cargo da Controladoria Geral da União no Amazonas a tarefa de garantir que as medidas adotadas para o cumprimento das recomendações constem nos próximos relatórios emitidos pelo Inpa, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O processo de prestação de contas esteve sob a relatoria do ministro-substituto André Luís de Carvalho.
Questionado sobre as recomendações, na última terça-feira, a atual diretoria do Inpa preferiu não se manifestar sobre questões como o número de pesquisas relacionadas ao PIM atualmente em andamento ou até mesmo se elas existem. A reportagem do AMAZONAS ATUAL também pediu informações sobre a aplicação prática das pesquisas desenvolvidas pelo órgão no Estado com foco no fortalecimento da economia, mas não obteve resposta.
Fonte: Amazonas Atual