21/07/2015
Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, os funcionários vão intensificar o trabalho de desembaraço das cargas que ainda precisam ser liberadas. Durante o período da greve, os servidores da Secretaria do Estado da Fazenda (Sefaz-AM), após a ordem judicial, ficaram incumbidos de fazer o trabalho de vistoria e liberação das mercadorias retidas nos pontos de entrada de carga em Manaus.
Segundo Belchior, as cargas que foram liberadas pelos servidores da Sefaz-AM podem ter problemas futuros, uma vez que deveriam ter sido vistoriadas pela Suframa. O presidente do sindicato afirmou que o setor jurídico da Suframa já noticiou a Receita Federal a respeito da situação dessas cargas liberadas. "O trabalho feito no período da greve não é o mesmo que os servidores realizam na Suframa. A Sefaz-AM não trabalhou com a internação e não fez a vistoria no físico, as vistorias feitas eram apenas nas notas fiscais. Os problemas vão aparecer a médio e longo prazo. Para que ninguém saia prejudicado, a Suframa notificou a Receita Federal sobre o assunto", afirmou Belchior.
Defesa
De acordo com o secretário do Sindicato das Empresas de Agenciamento, Logística e Transportes Aéreos e Rodoviários de Cargas do Amazonas (Setcam), Raimundo Augusto Neto, a Sefaz-AM fazia o trabalho de vistoria no físico e nas notas fiscais. Segundo ele, o que não aconteceu foi apenas o procedimento de internação.
"A Suframa recepcionava as notas fiscais que a Sefaz-AM mandava, mas não internava e nem aparecia no site. O fato de não internar poderia causar problemas no futuro. Agora nessa volta da greve a Suframa trabalha para que tudo ocorra nos conformes. Os servidores estão internando tudo o que foi liberado, desde as cargas retidas no dia 21 de maio ao dia 19 de julho", afirmou.
Raimundo ressaltou que 95 carretas que foram liberadas pela Sefaz não foram entregues pelas transportadoras. Segundo ele, a clientela não quis receber as cargas. "A clientela ficou temerosa de receber as cargas liberadas, pois a Suframa poderia entrar com recursos para derrubar a decisão judicial que deu poder à Sefaz para fazer o desembaraço", observou o secretário ao ressaltar que as 95 carretas equivalem a R$ 14 milhões.
Fonte: Amazonas Em Tempo