03/01/2019

Notícia publicada pelo portal D24AM

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) passa a ser mais uma das 23 entidades vinculadas ao Ministério da Economia, comandada pelo chamado ‘superministro’ Paulo Guedes, na gestão do presidente da República Jair Bolsonaro. A medida faz parte do Decreto nº 9.660, de 1º de Janeiro de 2019, publicado na edição especial do Diário Ocial da União de terça-feira (1º).

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, disse que vê com “muito otimismo” a mudança. “O MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) se soma a este novo ministério e esta pasta da economia é muito importante. Se engana quem pensa que o MDIC era o ‘salvador da pátria’ da Suframa. Temos que lembrar que a Superintendência perdeu, nos últimos anos, autonomia, autoridade, nada se decidia em Manaus, tudo se decidia em Brasília, inclusive PPBs (Processos Produtivos Básicos). Existem PPBs que há muito tempo têm sido pleiteados e não acontecem. Um exemplo é o de luminárias LED”, disse.

Périco armou, ainda, que, a nova gestão do governo Bolsonaro pensa o País, não em interesses por segmentos, mas com uma visão ampla. “Eu vejo isto com muito otimismo porque o modelo Zona Franca tem, comprovadamente, a sua contribuição positiva com geração de renda, melhoria do nível de Ensino das pessoas da nossa capital, contribuição para a preservação da oresta, ou seja, a nossa contribuição ambiental, não é um peso para o País”, frisou.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a mudança é preocupante. “Uma coisa é certa: primeiro, pela fusão de três Ministérios em um só e um grande poder do ministro, a gente não está muito seguro. Estamos muito preocupados com o tratamento que será dispensado à Zona Franca, a nossa agência de desenvolvimento”, disse.

Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag, a alteração de pasta da Suframa deu um susto, mas tudo irá depender de quem assumir o comando da Superintendência. “Irá depender se esta pessoa terá inuflência sobre o ministro da Economia, porque, se não tiver, irá piorar ainda mais para nós. Se esta pessoa tiver força e mostrar o que pode ser mudado, diretamente, e sairmos daquela coisa que acontecia antes das pessoas que diziam ter poder sem o ter de fato. Porque toda hora mudava o secretário de Indústria e Comércio e o superintendente daqui nem falava com o ministro”, frisou.