06/03/2014
A expectativa do dirigente foi anunciada, ontem, dia em que a Suframa comemorou 47 anos de existência. “Tenho a expectativa de que logo após o Carnaval, os representantes dos servidores sejam chamados na mesa com uma proposta de encaminhamento de suas questões”, ressaltou.
Nogueira afirmou que, embora os servidores tenham reclamado de lentidão para o fim da pendência, a autarquia trabalha junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) para configurar uma proposta a ser apresentada.
Segundo ele, a demora foi ocasionada, entre outros motivos, por alguns fatores nacionais. Nogueira explicou que o governo federal definiu um ajuste fiscal de R$ 44 bilhões, que devem ser cortados de órgãos da União. “Temos um orçamento menor para adequar as reivindicações. Sabemos que há defasagem salarial e entendemos que a greve é um direito dos servidores, mas nos esforçamos para resolver a questão”, enfatizou.
O presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Sidnei Nunes, informou que a entidade não foi informada sobre a reunião com a direção da Suframa. Segundo ele, a greve segue sem previsão de término.
“Aguardaremos a convocação do superintendente. Não queremos prejudicar a economia”.
Com dez dias de greve, faltam apenas cinco dias para completar o prazo de 15 dias dado pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) para o início de prejuízos significativos pela paralisação. Segundo a entidade, o impedimento de liberação dos insumos para a produção pode gerar perdas diárias de R$ 300 milhões na primeira quinzena de movimento grevista.
Após o mandado de segurança concedida pela 1ª Vara do Tribunal Regional Federal – 1ª Região ao Cieam, uma liminar obrigou 30% dos 400 servidores do órgão a permanecer em atividade para o desembaraço mínimo das mercadorias.
Demandas
As reivindicações por melhores salários dos servidores da Suframa, que resultaram na greve deflagrada no último dia 19, foram intensificadas em outubro do ano passado. No mês seguinte, houve paralisação de 24 horas para reforçar os pedidos. No início de fevereiro, o Sindframa aprovou a greve geral.
Fonte: Amazonas Em Tempo