07/01/2020
Fonte: Amazonas Atual
A Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) está criando um
marco regulatório para dar segurança jurídica e atrair investimentos de empresas
multinacionais em projetos de pesquisa no CBA (Centro de Biotecnologia da
Amazônia).
A informação é do superintendente Alfredo Menezes, revelada em entrevista à
reportagem do ATUAL na manhã desta segunda-feira, 30.
Criado em 2002 pelo Probem (Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para o Uso
Sustentável da Biodiversidade), o CBA deve se tornar um centro de desenvolvimento
de produtos e de geração de negócios em bioeconomia. Os projetos devem aproveitar o
potencial dos recursos naturais da região.
“Nós estamos dando ao CBA a capacidade jurídica necessária para que possa receber
aporte de recursos e a partir daí a coisa ter uma outra visão. Hoje, nós temos alguns
remanescentes lá, alguns pesquisadores, pessoas extremamente preparadas. Estamos
aproveitando os laboratórios. O que nós queremos é trazer empresas de fora”
,
armou Menezes.
“Nós sabemos que aqui (na Amazônia), a nossa fauna, a nossa biodiversidade é muito
grande. A nossa bioeconomia é um patrimônio que hoje o pessoal fala em 3 trilhões de
dólares. Mas vem cá, porque que a SHISeido, Lancome, Estée Lauder, as grandes
marcas mundiais não tem seus laboratórios aqui? Por que não tem?”
, questionou
O superintendente armou que o CBA tem planejamento para os próximos 18 meses,
apresentado ao Ministério da Economia e aprovado, e que a Suframa está cumprindo
cada etapa do plano.
“Hoje, nós estamos exatamente cumprindo pari passu. A cada mês nós temos metas e
nós temos os indicadores desse plano de governança que nós zemos no CBA, como
tem aqui [na Suframa], também. Eu já sei o que eu vou fazer daqui até nal do ano que
vem”
, armou.
Menezes criticou a atuação de políticos com interesses que impedem o desenvolvimento econômico da região e a falta de planejamento deles. “O que impede o sucesso dos nossos governantes e políticos é a falta de planejamento. Ele faz um projeto. “Eles vieram se apresentar e falar: olha, eu quero colaborar. Não me deixavam colaborar. E agora, estamos pegando esse pessoal e atraindo essas grandes empresas e trazendo para Manaus” , armou.