
19/04/2021
Fonte: Acrítica
Com o objetivo cie promover ações e projetos voltados às startups e empresas da cidade, o Manaus Tech Hub (MTH), lança a primeira rodada do programa de residência “Conexão Distrito”, que graças ao extenso polo tecnológico presente em Manaus, nasceu da necessidade de reacender a inovação em tempos de pandemia.
“A necessidade do programa surgiu das inúmeras conversas que o Manaus Tech Hub tem tido com empresas de todo o Brasil e que frequentemente se queixam de um mesmo desafio: a dificuldade de inovar. A inovação é um processo complexo e que dificilmente consegue ser plenamente realizado através das iniciativas internas de uma organização. O Conexão Distrito busca atender esta demanda: conectar problemas de grandes corporações às soluções disponíveis no mercado através de soluções inovadoras geradas por startups de todo o Brasil”, relata o especialista em Inovação do MTH, Daniel Goettenauer.
Também segundo o especialista, as maiores inovações da iniciativa virão a partir do trabalho conjunto entre Manaus Tech Hub, startups e as empresas participantes no processo de co-criação de soluções de base tecnológica que terão um encaixe adequado às realidades enfrentadas por aquelas empresas.
Além disso, o programa também traz uma grande oportunidade de atualizar processos de empresas consolidadas às soluções da Indústria 4.0, segundo Paulo Melo, gerente do Manaus Tech Hub e de Novos Negócios do Sidia. “O Distrito Industrial em Manaus apresenta um grande potencial de desenvolvimento tecnológico ainda não tão explorado. O objetivo do Manaus Tech Hub é justamente conectar esses atores à inovação aberta. Temos indústrias de nível nacional e internacional participando, com desafios que vão desde a cadeia logística até o lucro operacional”, explica Melo.
FUTURO DO PIM
O isolamento e a recessão de praticidade no cotidiano trouxeram uma série de novos dilemas relacionados à tecnologia e novo “normal”, onde a modernidade e a automatização de meios tradicionais são vistos como essenciais.
Para Goettenauer, o programa segue essa visão de mundo “pós-moderno” e deve afetar a indústria manauara. “A pandemia fez acelerar um processo, já iniciado, de transformação digital. Este processo impacta diferentes setores da economia, tais como: saúde, varejo, logística, mas certa- mente também impacta a indústria. No pós-pandemia, a necessidade do PIM se modernizar será ainda mais urgente. Para se modernizar, o PIM vai precisar se abrir ainda mais ao mundo, pois os desafios do PIM não são exclusivos dele. Neste sentido, o Conexão Distrito busca justamente conectar os desafios do PIM a soluções que já estão em desenvolvimento e sendo testadas em indústrias de outros polos industriais do Brasil”, diz o especialista em inovação.
Ainda segundo Goettenauer, as startups podem contribuir com esse modelo de várias formas, partindo principalmente da adaptação de alguns processos tradicionais e trazendo sol Lições que trarão um diferencial na escassez econômica que o país enfrenta. 0 objetivo da iniciativa, segundo ele, espera trabalhar alguns desses processos da maneira mais participativa possível.
“Temos o objetivo de contribuir no processo de inovação aberta já iniciado nas indústrias parceiras do programa; acelerar os negócios das startups parceiras através de novos clientes, novos modelos de negócios e novas soluções; e por último, promover a prática da conexão entre grandes indústrias do PIM e startups de todo o Brasil”, conta.
O destaque
A EIectrolux e a Tutiplast são as empresas participantes da primeira rodada do programa. A iniciativa, que possui equity free, está com inscrições abertas até o dia 28 de abril e conta com desafios da Electrolux da Amazônia e Tutiplast.