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Sony acelera plano de produção local do PS4

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22/10/2013

Depois de causar alvoroço ao divulgar quanto o PlayStation 4 vai custar no Brasil - R$ 3.999, quase o dobro do concorrente Xbox One -, a Sony planeja acelerar o início da produção local do console para baixar o preço. Mas ainda não há prazo para isso ocorrer, nem uma projeção de quanto o preço pode diminuir.

Em entrevista ao Valor concedida ontem, Mark Stanley, vice-presidente da Sony Computer Entertainment para a América Latina, disse que a companhia considera o preço muito alto, mas que esse é o valor possível neste momento devido à alta carga tributária que incide sobre os consoles que chegam ao país via importação. A única alternativa para obter um preço melhor é a fabricação local. "Aumentar o nível de subsídio não seria uma opção sustentável no longo prazo", disse o executivo.

Em maio, quando anunciou o início da produção do PlayStation 3 no país, a Sony reduziu em 35% o preço do aparelho. Segundo Stanley, é difícil dizer se o patamar para o novo console será o mesmo. "Depende das negociações com fornecedores. Se acharmos mais componentes no Brasil, será um valor. Se tivermos que importar muita coisa, será outro", disse. Sobre o prazo para a produção local, o executivo afirmou que só será possível ter uma ideia mais clara depois do lançamento mundial do PlayStation 4, em 15 de novembro.

Atualmente, só uma fábrica da Sony na China produz o novo console. A ideia é que, passada a fase de lançamento, sejam feitos estudos para montar uma linha de produção no Brasil. Segundo Stanley, o fato de a Sony já fabricar o PlayStation 3 em Manaus vai acelerar o processo. O Brasil é um dos três países onde o PlayStation 3 é fabricado (os demais são China e Japão).

O anúncio do preço do PlayStation 4, feito na quinta-feira, causou furor nas redes sociais no fim de semana. Internautas descontentes fizeram críticas e piadas sobre a estratégia da Sony. No domingo, Stanley chegou a escrever no blog oficial do PlaySation para tentar acalmar os consumidores. "Obrigado a todos vocês que compartilharam seus comentários sobre o alto preço do PS4 no Brasil. Nós também estamos frustrados com o preço de R$ 4 mil, e em breve vamos poder mostrar as razões. Obrigado pela sua paixão e fiquem ligados para mais informações."

De acordo com a Sony, 63% do preço do novo console (R$ 2.524) corresponde a impostos. O restante do valor é composto pelo custo de importação (R$ 858) e pela margem dos varejistas (R$ 618). Segundo a companhia, o preço final ter sido ainda maior se a fabricante não tivesse aplicado um desconto de R$ 258, o equivalente à margem para distribuir o console no país (R$ 257). "Infelizmente, não estamos fazendo tanto dinheiro quanto as pessoas pensam. Na verdade, estamos perdendo [dinheiro]", disse.

Stanley criticou o que ele classificou como distorções na tributação de videogames e outros eletrônicos importados. De acordo com o executivo, o imposto sobre produtos industrializados (IPI) chega a um percentual de 50%, mesmo patamar do tabaco e muito superior ao de jet-skis (10%) e PCs (15%). Para ele, a polêmica pode ajudar na retomada de discussões sobre tributação no país. "Já tentamos isso no passado; agora, quem sabe, podemos voltar ao tema", disse.

O preço deixa o PlayStation 4 em uma posição difícil frente ao Xbox One. O novo console da Microsoft já está em fase de pré-venda no Brasil, onde vai custar R$ 2,2 mil. "Os varejistas já estão dizendo que só vão comprar o Xbox", disse um executivo do setor que não quis ter seu nome revelado.

Executivos consultados pelo Valor disseram que a Microsoft só conseguiu esse preço devido à decisão de fabrica seu novo console no Brasil. A companhia já tem uma linha de montagem do Xbox 360 - a atual geração do aparelho - no país. Procurada, a assessoria de imprensa da Microsoft disse que detalhes sobre as vendas do Xbox One serão apresentados em evento na sexta-feira. De acordo com Stanley, a Sony está preparada para vender poucas unidades do PlayStation 4 enquanto o preço estiver no patamar atual. "Eu não queria que fosse vendida nem uma unidade nesse preço. Por isso vamos trabalhar para ter a fabricação local o quanto antes", afirmou.

Fonte: Valor Econômico

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