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Sondagem Conjuntural do Setor Eletroeletrônico - Março/2014

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25/04/2014

A Sondagem de Conjuntura no mês de março de 2014, após ter verificado resultados mais otimistas no mês anterior, voltou a mostrar indicadores menos favoráveis, assim como ocorreu nos últimos meses do ano passado e em janeiro deste ano.

A pesquisa apontou queda de 61% para 44% no total de entrevistados que registraram crescimento nas vendas/encomendas em relação a março de 2013. Ao mesmo tempo em que aumentou de 14% para 39%, o número de empresas que verificou queda.

Em linha com esses resultados, verifica-se aumento de 25% para 60% no percentual de empresas que tiveram seus resultados abaixo das suas expectativas. As indicações de negócios conforme o esperado reduziram de 56% para 23% nesta sondagem.

A piora nas vendas acarretou em aumento de estoques tanto de componentes e matérias-primas, como de produtos acabados. Neste último caso, passaram de 15% para 32% as indicações de estoques que ficaram acima do normal.

Por sua vez, o nível de emprego continuou com tendência de estabilidade. Conforme pesquisa de emprego da Abinee, o total de funcionários do setor atingiu 179,41 mil no final de fevereiro de 2014, 1,55 mil trabalhadores a mais do que o atingido no final do ano passado (177,86 mil).

Conforme dados do IBGE, a produção do setor eletroeletrônico, em fevereiro de 2014, ficou 19,6% acima do resultado de fevereiro de 2013. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o incremento foi de 15,0% em relação ao igual período do ano passado. Os principais incrementos foram de 32,9% na produção de máquinas para escritório e equipamentos de informática, e de 35,4%, nos materiais eletrônicos, aparelhos e equipamentos de comunicações. Neste último caso, destacaram-se os bens da linha marrom, principalmente os televisores, em função da Copa do Mundo.

Apesar do comportamento favorável registrado em fevereiro, o esfriamento nos negócios geram expectativas de ligeira queda na produção da indústria eletroeletrônica em março de 2014 comparada com o mesmo mês do ano passado.

Também no caso das exportações, cujas indicações de crescimento ficaram por volta de 23% desde novembro de 2013, observou-se aumento para 39% em fevereiro/2014 e queda para 25%, em março de 2014.

Segundo dados do Secex, as vendas externas que haviam aumentado 9,3% em fevereiro de 2014 em relação ao igual mês do ano passado voltaram a retrair. Em março deste ano, caíram 10,8% comparadas a março de 2013. No acumulado do 1º trimestre deste ano ficaram 1,0% abaixo do mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 1,59 bilhão.

Aspectos Setoriais


Os negócios do setor eletroeletrônico apresentaram retração no mês de março de 2014.

Conforme empresas do setor, o ambiente político-econômico preocupa em função do receio da volta da inflação, do crédito mais apertado, dos escândalos da Petrobrás, da corrupção e do baixo crescimento do PIB, somados ao fato de este ser um ano de Copa do Mundo no Brasil e de Eleições Gerais.

Todos esses fatores inibem os investidores e os consumidores, o que pode ser verificado nos resultados mais amenos da sondagem deste mês.

Continuam com os melhores desempenhos os mercados de bens de consumo de alta tecnologia, como tablets e smartphones, os televisores em função da Copa do Mundo e de bens de capital seriados.

Nos casos das empresas fabricantes de Equipamentos Industriais e de bens de Automação Industrial continuaram contando com o bom ritmo dos negócios com produtos seriados. Apesar das consultas de projetos de maior porte, verificam-se negócios pontuais, os grandes setores como Petróleo, Gás, Mineração, Açúcar e Álcool ainda não estão apresentando investimentos importantes.

Os negócios da área de Material Elétrico de Instalação permaneceram abaixo do esperado, em função, principalmente, do fraco desempenho da Construção Civil.

Conforme pesquisa da CNI, no mês de fevereiro de 2014, o indicador de evolução do nível de atividade da construção civil (46,3 pontos) ficou abaixo do registrado em fevereiro de 2013 (47,1 pontos) e o nível de atividade efetivo em relação ao usual (44,9 pontos) também foi inferior ao alcançado no igual mês do ano passado (46,2 pontos).

Além disso, é importante lembrar que os dois índices situaram-se abaixo da linha dos 50 pontos, o que indica cenário de desaquecimento.

Os negócios da área de GTD - Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica - estão ocorrendo em função das encomendas de Geração e Transmissão provenientes dos leilões realizados nos últimos anos.

No caso da Transmissão, foi aprovado pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica - o edital do próximo leilão de transmissão, marcado para 9 de maio. Segundo a Aneel, o leilão vai envolver cerca de 2.900 quilômetros de linhas de transmissão e investimentos de R$ 4,5 bilhões. A disputa vai licitar 13 lotes com ativos nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste e inclui construção, montagem, operação e manutenção de instalações de transmissão pelo prazo de 30 anos. A entrada em operação comercial varia de 24 a 43 meses, dependendo do lote.

Também está previsto um próximo leilão de transmissão este ano, programado para julho, com empreendimentos que deverão somar R$ 1 bilhão.

Na Geração de energia elétrica, está agendado para o próximo dia 30 de abril, um leilão de energia já existente para sanar as necessidades de contratação das distribuidoras. O resultado deste leilão poderá reduzir o custo da energia das distribuidoras, que hoje estão comprando no mercado spot.

E na Distribuição, os investimentos ainda estão parados, principalmente devido à falta de recursos das distribuidoras. Nota-se que as tarifas de energia elétrica estão abaixo da inflação. Por exemplo, a Cemig, cujas tarifas estão entre as maiores do país e que foram reajustadas no último dia 07 de abril, com um índice de reajuste de 14,3% para os consumidores residenciais, apresenta ainda uma variação tarifária muito abaixo dos índices de inflação IPCA e IGP-M.

No mês de março de 2014, continuou fraco o ritmo das vendas de bens de consumo, com exceção dos já citados bens de alta tecnologia, como smartphones e tablets, e televisores.

No caso de bens de Informática, continuaram aquecidas as vendas de tablets. Conforme dados da consultoria IDC, o mercado de PCs, incluindo tablets, somou 1.626 mil unidades em fevereiro de 2014, 3% acima de fevereiro de 2013 (1.583 mil).

Este crescimento contou com o incremento de 56% no mercado de tablets, uma vez que os desktops recuaram 15% e os notebooks caíram 28%.

Desta forma, no mês de fevereiro de 2014, os tablets representaram 48,7% do total, enquanto os notebooks 26,1% e os desktops 25,2%.

No acumulado de janeiro-fevereiro de 2014, o mercado de PCs incluindo tablets somou 3.148 mil unidades, 12% acima do igual período do ano passado, em virtude do incremento de 84% dos tablets.

No caso de Telecomunicações, o mercado de celulares continuou contando com o bom desempenho das vendas de smartphones. Segundo dados da IDC, no mês de fevereiro de 2014, o mercado de telefones celulares somou 5.762 mil unidades, 31% acima do que o registrado em fevereiro de 2013. Este crescimento ocorreu em função do significativo incremento de 127% dos smartphones, uma vez que o mercado de telefones tradicionais recuou 27% neste mesmo período.

Com isso, no final de fevereiro de 2014, os smartphones foram responsáveis por 65,3% do mercado de celulares.

No acumulado de janeiro-fevereiro de 2014, o mercado de celulares totalizou 10.717 mil unidades, 23% acima do igual período do ano passado, devido ao acréscimo de 117% dos smartphones.

Perspectivas


Apesar do desempenho abaixo do esperado no mês de março de 2014, as expectativas são otimistas para o mês de abril, para o 2º trimestre e também, para o 1º semestre de 2014.

Fonte: Abinee


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