CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

Situação melhora, um pouco

  1. Principal
  2. Notícias

22/11/2019

Fonte: Jornal do Commercio

O consumidor de Manaus considera que a situação econômica local está melhorando, mas mantém ceticismo quanto ao futuro no que se refere à situação familiar, mercado de trabalho e inflação, impactando em suas intenções de compra. A conclusão vem do confronto dos dados do Índice de Confiança do Consumidor para novembro de 2019 com os da pesquisa d o m e s m o mês de 2018, em sondagem realizada pelo Ifpeam (Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Amazonas). Entre os entrevistados, 12,5% avaliam que a situação econômica atual, está um pouco ou muito pior do que a de 12 meses atrás, um percentual bem menor do que o do levantamento de novembro de 2018 (70%). Em contraste, a fatia dos que consideram que está um pouco ou muito melhor passou de 25,8% para 38%.

A parcela dos que acreditam que está igual, contudo, subiu mais: de 4,2% para 49,5%. O pessimismo em relação ao futuro da economia também sofreu revés. A avaliação de 30,8% é que estará pouco ou muito pior, em seis meses, índice mais baixo do que o de 12 meses atrás (59,8%). O percentual dos otimistas aumentou de 27% para 34,7%, enquanto a fatia do que apostam que tudo ficará na mesma cresceu de 13,2% para 34,5%. Na comparação com a situação vivida há seis meses, 50,5% percebem que a atual situação financeira da família segue igual –contra 36,5% no levantamento anterior.

Os entrevistados que avaliam melhora respondem por 43%, significativamente acima da marca de 12 meses atrás (27,2%). O pessimismo reduziu sua faixa de 36,3% para 6,5%. A expectativa em relação à situação da família para os próximos seis meses, entretanto, apresenta dinâmica inversa: 49,7% acreditam que estará melhor ou muito melhor, menos do que o apresentado em 2018 (52,5%). A fatia dos que acreditam que tudo ficará igual pouco mudou –de 45% para 49,5% –, enquanto a parcela dos pessimistas reduziu de 2,5% para 0,8%.

Menos oportunidades

A percepção de curto prazo em relação às oportunidades de emprego piorou sensivelmente: 83,8% avaliam que conseguir uma vaga no mercado de trabalho está um pouco ou muito mais difícil, número bem acima do de 2018 (74,7%). Só 15% avaliam que o panorama melhorou –contra 21,5% no ano passado. O percentual dos que avaliam que não houve mudanças passou de 3,8% para 1,2%. O número de entrevistados que consideram que as chances de ser contratado estarão um pouco ou muito mais difíceis daqui a três meses passou de 81% para 83,2%. Os otimistas respondem por 15,5% das apostas, o mesmo resultado de 2018.

Para 1,3% não há perspectivas de mudanças, número bem abaixo do registrado no ano passado (3,5%).

Preços e compras

As estimativas melhoraram pouco. Entre os entrevistados, 87,3% apostam que os preços vão estar um pouco ou muito mais altos no próximo mês – contra 94,8% em 2018. Apenas 11,5% veem possibilidades de rebaixa e 1,2% consideram que os valores ficarão estagnados.

Há exatos 12 meses, esses números foram 3% e 2,2%, respectivamente. A percepção do consumidor em relação impactou em suas intenções de compras, reduzindo a demanda por bens duráveis e semiduráveis, apesar da liberação da segunda parcela do 13º salário, da sinalização de promoções no Black Friday e das festas de fim de ano. Vestuário (27,5%) e calçados (27%) continuam na liderança das preferências do consumidor, embora com fatias mais baixas do que no ano passado (34,5% e 25,3%, respectivamente).

O mesmo tombo se deu, em maior proporção, com celulares (8,5% para 3,3%), relojoaria (4% para 2,5%), óticos (10,5% para 1,3%) e artigos esportivos (5% para 1,3%), entre outros. “O consumidor ainda sofre resquícios de memória inflacionária, entre outros fatores que influenciam sua percepção. A inflação está em queda, assim como os juros. O PIM está reagindo e o comércio crescendo. As contratações aumentam de forma gradual e não vivemos uma situação recessiva de desemprego. Com o tempo, ele vai perceber isso”, encerrou o assessor econômico da FecomércioAM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas) e coordenador da pesquisa, José Fernando Pereira da Silva.

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House