06/05/2016

A situação financeira do Estado está numa situação crítica, disse o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz) Afonso Lobo, em quadro traçado ao Sindicato dos Fazendários do Amazonas (Sifam).

De acordo com o secretário, a receita do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), incidente em produtos importados, que serve como balizador para estimar a arrecadação, registrou em torno de 50% de queda de valor em comparação a 2014. “Nós jamais imaginávamos, em 2014, quando surfamos numa onda maravilhosa de arrecadação, que nós estaríamos neste mês, numa situação tão crítica quanto a que nós estamos”, disse.

Com base na queda da receita sobre os componentes importados, o secretário estima que a produção industrial terá retração em torno de 60% a 65%, com reflexo no aumento do desemprego. “Nós já tivemos 130 mil empregos. Agora nós estamos com 80 mil empregos. Cada emprego que perdemos no Distrito representa quatro no resto da economia do Estado”, avaliou.

Na fila para receber os pagamentos, os fornecedores também estão sendo contemplados de forma esporádica, informou Lobo. “É fato que tem alguns fornecedores que a gente atrasa aqui e ali. Por que ninguém faz milagre”.

13º salário

“O nosso esforço é para que a gente consiga pagar o 13º salário, vamos fazer de tudo. Nós somos um dos poucos Estados da Federação que ainda não atrasou salário”, disse o secretário, ao apontar que a situação dos comissionados é instável e que poderá ocorrer mais cortes.

O secretário não confirmou o pagamento da primeira parcela do 13º em julho e a outra em dezembro. O Estado, normalmente, utiliza um fundo de reserva que está sob ameaça com a baixa arrecadação. “Ninguém em sã consciência no Brasil, hoje, pode dizer o que vai acontecer amanhã”, disse Lobo.

Fonte: Portal D24am.com