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Situação econômica do Brasil corre risco de recessão técnica

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02/09/2014

Na última terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a economia brasileira teve o Produto Interno Bruto (PIB) negativo em dois trimestres seguidos (-0,2% e -0,6%, respectivamente). Em outras palavras, de janeiro até junho, o Brasil produziu menos riquezas que no mesmo período do ano passado e entrou na tal recessão técnica.

Este termo, que tem aparecido constantemente em várias notícias relacionadas à economia, é uma espécie de alerta que mostra, a partir de indicadores como o PIB, que a situação econômica do Brasil pode ficar muito ruim, incentivando medidas urgentes para evitar uma situação mais crítica, como explica o economista Erivaldo Lopes, do Conselho Regional de Economia .

“Recessão é crise, significa que a economia parou no tempo. O Brasil ainda não está assim. Essa recessão que estamos vivendo não é aquela ‘braba’ com um efeito catastrófico que vai detonando empregos, famílias, empresas, etc. Ela é chamada técnica justamente porque não está causando tanto transtorno. Ainda tem gente trabalhando, o dinheiro ainda está circulando, mas os indicadores não apresentam resultado positivo. Temos um PIB muito baixo e investimentos muito baixos”, explica o economista.

A última vez que o Brasil registrou uma recessão técnica foi no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009, reflexo da crise internacional. Na época, a economia registrou recuos de 4,2% e de 1,7%, respectivamente, na comparação com o trimestre anterior. Apesar de mais forte, ela foi rápida e no segundo trimestre de 2009, o PIB já crescia 1,9%.

Para o conselheiro, esta recessão, no entanto, deve demorar mais para fraquejar. “Acredito que, até meados de 2015, nós ainda não teremos tanta evolução no crescimento econômico. Os empresários estão produzindo pouco e investindo pouco. Estou bem pessimista e acho que vamos continuar nos arrastando. Quem ganhar esta eleição vai ter muito trabalho a fazer”.

Amazonas


Felizmente, para os amazonenses, a situação no Estado será mais branda que no resto do Brasil. Segundo Erivaldo, a prorrogação da Zona Franca incentiva o investimento e a abertura de novas empresas. “É um território mais confiável. Eles pensam: isso nunca vai acabar”.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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