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Sindmetal luta por reajuste de 16%

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21/07/2015

O Sindmetal-AM (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas) realiza na manhã de hoje (21) a primeira reunião sobre as negociações da convenção coletiva. Os trabalhadores lutam pelo reajuste de 16%, aumento considerado como exorbitante pela classe patronal. Para os empresários, o momento de desaceleração econômica, que atinge o país, dificulta a possiblidade quanto a acréscimos salariais. Porém, eles asseguram a possibilidade de um acordo. A reunião acontece na sede do sindicato, zona sul.

No índice de 16% os trabalhadores reivindicam 9% relacionados às perdas inflacionárias entre o período de agosto de 2014 a julho deste ano, somados a 4% de ganho real e mais 3% de produtividade. Na pauta de discussões ainda consta a luta pelos benefícios sociais como a inclusão de mais 60 dias à licença maternidade, totalizando 180 dias de afastamento das atividades; o direito ao auxílio universidade para todos os trabalhadores que integram o sindicato; e ainda a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem alterações salariais.

Para o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, o cenário atual é de dificuldades. Ele alerta para a necessidade de reflexão quanto à manutenção dos empregos ao considerar os números negativos expressivos apresentados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). "Perdemos 20 mil empregos no PIM (Polo Industrial de Manaus). Enquanto o Caged mostra uma redução na atividade industrial de 415 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses. Em Manaus a situação também está difícil e tentamos manter ao máximo os trabalhadores em uma empresa", disse. "Agora, temos que buscar, juntos, uma alternativa para preservar os empregos. É o que o governo federal está fazendo ao discutir sobre a redução da jornada de trabalho e os salários", completa.

Périco ainda frisou que boa parte das empresas do PIM dão continuidade às férias coletivas, o que envolve 35 mil trabalhadores. "Esse reajuste de 16% é um absurdo, tendo em vista a atual situação que vivenciamos".

O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, também avalia que o momento é de problemas financeiros em todos os segmentos da indústria e do comércio no país. Porém, ele acredita que durante as reuniões as classes trabalhista e patronal deverão chegar a um consenso que atenda aos dois grupos. "Vivemos um período difícil sim. É pouco provável que consigamos atender ao aumento solicitado pelo sindicato, mas com certeza conseguiremos obter um acordo que não seja tão pesado e que atenda aos dois lados", comenta.

Segundo um dos diretores do Sindmetal, João Brandão, o argumento apresentado pela classe empresarial não convence aos sindicalistas porque eles tomam como base os registros do faturamento industrial das empresas que compõem o segmento metalúrgico. Ele assegura que boa parte das indústrias apresentou crescimento de 8% no faturamento nos primeiros meses de 2015. "Observamos essa média de aumento nas empresas de maiores portes. Elas reduziram o quadro funcional e mantiveram o ritmo produtivo. A mesma coisa acontece nas fabricantes do polo de duas rodas. A partir desses números não conseguimos identificar a crise", explica.

Brandão informa que a data-base da categoria é dia 1º de agosto e que caso as negociações não sejam encerradas até o dia 31 deste mês o sindicato ingressará com um pedido de adiamento na Justiça Estadual solicitando um prazo de mais 30 dias com o intuito de garantir o pagamento do dissídio.

Fonte: JCAM

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