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Sindicatos registram 3,4 mil demissões no PIM em abril

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08/05/2015

O Polo Industrial de Manaus (PIM) demitiu pelo menos mais 3.400 trabalhadores no mês de abril, de acordo com a soma de dados dos sindicatos dos Metalúrgicos (Sindmetal) e dos Trabalhadores da Indústria de Material Plástico de Manaus (Sindplast). A quantidade é 8,6% superior as demissões nos dois segmentos ocorridas no mês anterior.

Até março, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, apontaram que a indústria de transformação do Amazonas desligou o total de 15.272, diante das 13.286 contratações. Os dados do Caged relacionados ao mês de abril ainda não foram divulgados.

Segundo o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Wilson Périco, para evitar mais demissões, aproximadamente 8 mil trabalhadores do parque fabril de Manaus entrarão em férias coletivas, a partir de maio.

De acordo com ele, a estratégia será usada por empresas como a Samsung, Moto Honda e LG para evitar a perda dos investimentos em capacitação e qualificação de funcionários. “A maioria das empresas esta buscando férias coletivas porque é muito caro preparar um funcionário. A demissão é o último caso na visão do empresário”, observou.

Relatório do Sindmetal, no entanto, apontou que, em abril, os segmentos ligados a entidade demitiram 2.538 funcionários, uma perda 7,3% superior ao do mesmo mês de 2014, quando foram demitidos 2.365 trabalhadores. De janeiro a abril, o Sindmetal relatou a demissão de 8.870 funcionários, quantidade 4,2% maior que a mesmo mês do ano anterior, quando foram extintos 8.506 postos de trabalho.

Sindplast

No segmento de produção de plásticos, o presidente do Sindplast, Francisco Brito, estima que em abril a aproximadamente 800 trabalhadores, com mais de um ano de carteira assinada, forma demitidos. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, Brito apontou que mais de 2 mil postos de trabalho foram extintos, que somados as vagas temporárias eliminadas até o mês de março, superou a marca de 3 mil.

Justificativa

A justificativa para as demissões nas 120 fábricas de bens plásticos, de acordo com Brito, está na queda da produção das empresas produtoras de bem final, principalmente de TVs, condicionadores de ar e motocicletas.

Entre as fábricas do segmento plástico que mais demitiram, conforme o presidente do Sindplast, estão a Masa da Amazônia, Componel, Tutiplast e Springer Plástico. As mesmas, segundo ele, entre maio e junho darão férias coletivas de 15 a 20 dias a pelo menos 4 mil funcionários.

Na avaliação de Brito, a estratégia das férias coletivas ocorre porque os empresários acreditam na recuperação da confiança na economia do país. Para tanto, ele disse acreditar que as medidas de ajuste fiscal, prometidas pelo governo federal, sejam aprovadas pelo Congresso ainda nesse semestre. “Se aprovar é bem provável que, em junho, retomemos o ritmo de trabalho”, comentou.

Fonte: Amazonas Atual

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