06/05/2015
O coordenador do Dieese, Inaldo Seixas, explicou aos representantes sindicalistas que a crise não afeta de igual maneira todos os setores. O comércio e serviços, por exemplo, têm performances melhores, entre eles o setor financeiro. Já na indústria mesmo com produção baixa, alguns setores se destacam com desempenho positivos, como o de alimentação, bebidas e produtos farmacêuticos e agronegócio para exportação.
Analistas de mercado projetam um cenário nada animador para este ano com inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que deve chegar a 8,26% , retração do PIB para 1,18% e juros em 13,50% ao ano.
"Haverá setores que podem conceder aumento real. Como setor financeiro, e os setores que exporta como agronegócio, alimentação. Não tem razão de não ter reajuste. E mesmo assim que não seja grande pode ser 1% a 2% de aumento real", explicou Seixas.
Participaram da jornada representantes das centrais sindicais como Central Sindical Brasileira (CTB), Nova Central Sindical, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Outro ponto de destaque no debate foi o reajuste do funcionalismo público. Enquanto o governo do Estado está contando gastos e relutando em não mexer nos salários dos servidores, a Prefeitura de Manaus apresenta um desempenho melhor. Inaldo entende que se o governo não repõe ao menos a inflação que corroeu o salário do funcionário ele está dando um tiro no pé, pois reduz o poder de consumo da massa trabalhadora e, consequentemente, prejudica a arrecadação de impostos.
A jornada foi uma forma de esclarecer os sindicalistas e "consolidar como um momento para reflexão do movimento sindical sobre as negociações coletivas", reforçou o coordenador do Dieese. "Isso mostra que movimento está cada vez mais atento e mobilizado para manter as conquistas".
Blog: Roberto Tadros, Presidente da Fecomércio
"Este argumento não tem sustentação. O crescimento tem que ser de acordo com o PIB. Como se quer distribuir riqueza se o PIB não cresce e inflação é crescente. É como um sonho numa noite de verão. O que tem que fazer é forçar o governo a administrar com responsabilidade, pensando na melhoria do povo, na melhoria da próxima geração, não na próxima eleição. Não tem segmentos privilegiados num processo como este. Não é hora de pedir aumento de salário. Quem reivindica isso está estimulando o desemprego.
Negociações Coletivas
Diversas categorias de trabalhadores integraram a roda de debates como representantes dos transportes especiais, rodoviários, metalúrgicos, da indústria plásticos, dos professores, farmacêuticos, dos trabalhadores das indústrias extrativistas, indústrias urbanas e dos trabalhadores em saúde.
Fonte: Portal Acrítica.com.br