07/04/2022

Sindicalistas devem promover uma manifestação, nesta sexta-feira (8), contra o decreto federal do presidente Messias Bolsonaro (PL) que reduziu em até 25% as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para determinados segmentos empresariais, sem excetuar os produtos produzidos na Zona Franca de Manaus (ZFM), comprometendo a competitividade das empresas aqui instaladas e os novos empreendimentos empresariais a serem instalados no parque industrial. Em virtude disto, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) prometeu uma paralisação com cerca de 50 mil trabalhadores, o que segundo o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), é considerado ilegítimo. Local e horário da manifestação ainda são definidos.

Segundo declarou Sassá, ao Radar Amazônico, na manhã desta quinta-feira (7), o objetivo da manifestação é protestar contra os impactos do decreto federal sobre a manutenção dos empregos dos trabalhadores do polo e o prejuízo para a abertura de novos postos de trabalho. Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, não confirmou paralisação, mas sim, a manifestação.

Legitimidade

Segundo Sassá da Construção Civil, a paralisação começará às 5h e se estenderá até o período da tarde. “Nós estamos articulando com centrais sindicais. Se houver adesão, prevemos a paralisação de 50 mil trabalhadores”, disse.

De acordo com Wilson Périco, presidente do Cieam, a instituição só irá considerar o evento legítimo se não houver paralisação dos trabalhadores de forma espontânea, com horário de começo e término e seja destituída de viés político. “Se for paralisação, ninguém concorda”, afirmou.

Périco enxerga que o decreto assinado por Bolsonaro e publicado no Diário Oficial da União (DOU), no último dia 31, de fato, apresenta risco para a manutenção de empregos no PIM.

Fonte: Radar Amazônico