30/10/2013
Com este montante, o Estado precisa atrair mais R$ 5,7 bilhões apenas para alcançar o resultado do ano passado, que somou R$ 11,3 bilhões em aportes.
Além do nível de recursos, o número de projetos submetidos ao conselho consultivo e a geração de mão de obra prevista também estão longe da meta. Entre janeiro e outubro deste ano, 179 propostas de empreendimentos industriais com geração de 9.687 empregos foram apresentadas. Para alcançar o desempenho do ano anterior ainda faltam 35 projetos com criação de 2.063 vagas.
A distância entre os valores acendeu o “sinal amarelo” para a indústria amazonense. Representantes do segmento se mostraram preocupados durante a 247ª reunião do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), realizada ontem na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), e empresário do setor eletroeletrônico, Wilson Périco avaliou o ano – até o momento – como “abaixo das expectativas” no que se refere ao volume investido.
“O projeto é o primeiro passo para que o investidor aporte o recurso. Não temos visto investimentos vultosos, não vemos muitos projetos de fábricas novas e nem um número satisfatório de novos empreendimentos sendo construídos. É preocupante”, salientou.
Para Périco, a insegurança jurídica “rondou” o polo amazonense durante todo o ano. “Hoje temos questões pendentes como a unificação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e as Ações Diretas de Inconsticuionaldiade (ADINs) que deixaram o investidor reticente ao longo de 2013”, complementou.
O economista e consultor empresarial do PIM, José Laredo concordou com o posicionamento do Cieam. Segundo ele, a taxa de natalidade – novas empresas investindo no PIM – está em 1,3% enquanto o índice de mortalidade já chega a 44% das empresas instaladas. “A disparidade é gritante. Não adianta o faturamento ser bom se não estamos atraindo novas fábricas”, alertou.
Contraponto
Apesar da diferença, o titular da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Estado do Amazonas (Seplan), Airton Claudino avaliou o desempenho como favorável ao modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). “Levando em consideração que a economia do país não está aquecida, seguimos inspirando credibilidade no investidor. A perspectiva é de que o volume de injeção de recursos aumente, acompanhando a guinada do cenário nacional”, analisou.
O secretário disse apostar na prorrogação dos incentivos da Zona Franca de Manaus, previsto para ser votado hoje na Câmara dos Deputados, como um fator que pode impulsionar novos negócios. “Esperamos que a prorrogação traga não apenas mais tranquilidade para o empresariado como de fôlego para negócios alternativos como o polo industrial de Iranduba, em estudo pela Seplan”, detalhou.
Fonte: Amazonas Em Tempo