09/12/2015
O diretor-presidente da BDS, Luiz Augusto Barreto Rocha, confirma o bom desempenho do setor neste ano e atribui o crescimento do segmento à grande liderança da BDS dentro do setor têxtil, que, segundo o empresário, está estimada em mais de 90% da participação no mercado formal. Ele explicou, porém que, para garantir um crescimento no faturamento superior a 40%, a BDS teve que se adaptar aos tempos de crise, com reduções de preços e margens de lucro, além de revisar integralmente toda estrutura de custos, especialmente fixos e de pessoal. “O crescimento da BDS tem grande impacto nestes bons resultados dos números apurados pela Suframa. Até outubro/2015 realizamos crescimento de faturamento em reais acima de 40%. Porém há de ser considerado que crescimento de faturamento muitas vezes nada tem a ver com o que permite a sobrevivência das empresas, que é o melhor lucro. Nossa meta é termos até fecharmos este ano, resultados melhores que 2014, mas não apenas em faturamento”, ressaltou Luiz Augusto.
Clientes
Ainda segundo o diretor-presidente, até setembro cerca de 25% do faturamento da empresa foi obtido em decorrência de contratos governamentais, como o que foi firmado com o Consórcio Construtor Belo Monte, uma das maiores obras em andamento no mundo hoje e uma das maiores geradoras de empregos na construção civil, e vendas de roupas escolares e militares. Porém, ele ressalta que, apesar do faturamento crescente, a partir do último mês de setembro, com a redução dos orçamentos dos governos houve a consequente redução destes fornecimentos e a empresa se viu forçada a demitir em torno de 130 pessoas. “Esperamos que no início de 2016 a situação dos orçamentos governamentais estejam melhores resolvidos, e estas demandas retornem, até porque educação e segurança são fundamentais sempre, especialmente em nosso país. Isso acontecendo, começaremos o ano de 2016 admitindo”, avalia.
Para 2016, as expectativas do setor têxtil são de mais um ano difícil. Para tentar driblar a crise, os empresários do segmento buscam alternativas para manter os bons níveis de faturamento. Uma das estratégias, segundo o empresário, além do maior volume de trabalho e envolvimento das pessoas, será o foco em alguns segmentos de produtos de maior valor agregado e voltados para a proteção e segurança.“Olho firme nos custos e no caixa. Somos afetados pela crise igualmente e não adianta chorar nem se lamentar. Não olhar pela janela e repetir notícias ruins, é melhor olhar no próprio espelho e agir. Olho no futuro, que será melhor que hoje e estaremos mais preparados para realizar melhorias constantes em nossos negócios”,
Sobre a BDS
BDS é uma empresa amazonense com atuação nacional e internacional. Em 2014, a empresa realizou vendas para 23 dos 27 Estados brasileiros. Hoje, a empresa é fornecedora de grandes indústrias mundiais no segmento siderúrgico e com atividades industriais agressivas aos funcionários, como fundições. “Nestas empresas os valores dos passivos trabalhistas no caso de acidentes de trabalho que tragam danos à saúde dos empregados são muito altos –e crescentes. Desta forma, em momentos de crise, proteger o caixa aumentando a segurança e tomando decisões de eliminação de passivos são também muito observadas pelos nossos melhores clientes”, explicou o empresário.
Fonte: JCAM