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Setor que mais emprega no PIM, polo de duas rodas deve fechar 2014 com retração

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08/10/2014

Apesar do resultado positivo sobre o crescimento do volume de vendas no varejo de motocicletas, no país, em setembro, o setor prevê fechar 2014 frente a 2013, com retração de 5% das vendas no varejo, 7,4% na produção e 15% nas exportações. As projeções foram divulgadas, ontem, pelo presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian.

Segundo com ele, a média diária de vendas de motocicletas no país atingiu 5.4 mil unidades em setembro (com 22 dias úteis), 2,8% acima do registrado no mês anterior (21 dias úteis). Comparada à média diária de setembro de 2013 (21 dias úteis), houve declínio de 2,9%.

Na avaliação do diretor executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves, o resultado de setembro não significa recuperação do setor, que segundo ele, amarga no ano quedas em todos os trimestres avaliados pela entidade. “Não há recuperação. Foi uma ligeira melhora dentro de processo geral de queda”, apontou.

Gonçalves disse que nos dois últimos trimestres as quedas nas vendas de varejo, por exemplo, em comparação com o mesmo período do ano passado são significativas. No mês de julho, a queda foi de 9,8%, em agosto 13,8% e em setembro houve um ligeiro aumento de 1,7%, e no acumulado a queda foi de 7,6%.

No acumulado do ano, o diretor executivo da Abraciclo disse que as vendas no varejo desaceleraram 5,3%, ao considerar as 1.129.282 motocicletas comercializadas em 2013, frente as 1.069.714 em 2014. Já no acumulado da produção, de janeiro a setembro, deixaram de ser produzidas 100.505 motocicletas.

Para o atacado, no mesmo período, as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) deixaram de vender 128.388 motos às concessionárias. Segundo Gonçalves, a Abraciclo estima que fechará a produção de 2014 com 1,55 milhão de motocicletas. A projeção inicial era de 1,67 milhão.

Para as vendas de atacado, a entidade espera fechar o ano com 1,46 milhão frente  a projeção inicial de 1,58 milhão. Já o varejo, a previsão é fechar 2014 com 1,44 milhão ante a projeção inicial de 1,51 milhão. “Vamos fechar 2014 com prejuízo”, comentou.

Para o diretor de relações interinstitucionais da Moto Honda da Amazônia, Mário Okubo, as restrições de crédito, variações cambiais e inflação são os principais fatores que impactam o mercado de motocicletas, principalmente as de baixa cilindrada.

Segundo ele, por conta do momento, a empresa realizou paradas de seis dias úteis na produção entre agosto e setembro com o objetivo de ajustar estoques. “Esperamos uma reação do mercado nos próximos meses”, disse.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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