27/12/2013
"Temos um município entre os 100 maiores produtores do Brasil, Manicoré. A inclusão deste município se deve a excelente produção pecuária do distrito de Santo Antonio do Matupi, com grande foco na exportação de carne para Manaus e outras capitais do País”, destaca Muni.
O crescimento do setor é decorrente de ações conjuntas entre várias instituições e entidades, como o exemplo da comercialização livre de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo governo estadual, do calcário de uso agrícola e o combate a febre aftosa. A alta mecanização e o consequente aumento na produtividade foram outros fatores importantes elencados pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, para este crescimento.
Um dos fatores que impulsionaram o crescimento foi, segundo Lourenço, as poucas chuvas que constantemente alagam as áreas de várzea “a ajuda da natureza foi essencial, não tivemos o desastre das grandes cheias do ano passado, o que fez com que houvesse uma retomada na atividade produtiva nas áreas de várzea, tanto para agricultura quanto pecuária.”
Em 2013 o BNDES liberou para o setor de máquinas agrícolas o maior valor em 36 anos o que gerou uma maior mecanização do segmento. “Este valor representou um crescimento de 40% em relação ao ano passado. O reflexo disso pode ser visto na abertura de uma unidade de vendas de uma das maiores concessionárias de máquinas no município de Humaitá, mostrando a força do sul do Estado no setor”, explicou Lourenço.
A maior aposta na mecanização tem um forte impacto na produção do Estado, de acordo com o presidente. “Isto é um termômetro do crescimento do poder econômico do agricultor e representa uma maior produtividade, safras bem mais colhidas e escoadas. Seu impacto se dará nos preços praticados no próximo ano”, explica o presidente.
Calcário
A Faea espera para 2014 um crescimento ainda maior, apoiado em dois fatos de extrema importância para o setor: o início da comercialização de calcário agrícola produzido e extraído da mina do Jatapu, em Urucará e a erradicação da febre aftosa. “O calcário é um importante insumo para recuperação das pastagens, e sendo produzido aqui se tornará mais barato. Atualmente a tonelada do produto custa R$ 455 o produzido aqui terá um preço muito mais baixo, sendo vendido por R$ 145”, comenta Muni.
A erradicação da febre aftosa é outro fato que representa um aquecimento na atividade pecuária do Estado. “Breve alcançaremos o status de Estado livre da febre aftosa, o que nos colocará no mercado altamente competitivo de carne, leite e derivados, produzindo e exportando para a região e para o país”, conclui o presidente.
Fonte: Portal Amazônia