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Setor plástico do Polo Industrial de Manaus tem 30% da mão de obra parada

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23/03/2016

Afetadas pela retração econômica nacional, as fabricantes de materiais plásticos instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) preveem resultados negativos para o primeiro trimestre de 2016, em relação a igual período de 2015. Conforme o Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus (Simplast), 30% da mão de obra empregada pelo setor está paralisada, trabalhadores que até pouco tempo atuavam em um terceiro turno fabril. Na tentativa de evitar as demissões, as empresas encaminham os colaboradores a cursos de reciclagem ou a um período de férias coletivas remuneradas.

De janeiro a março deste ano as fabricantes registraram queda de 15% na produtividade em comparação ao mesmo período do ano anterior. O diretor executivo do Simplast, Paulo Abreu, relata que no último ano a produção de produtos eletroeletrônicos e de duas rodas decresceu consideravelmente, o que afetou diretamente o segmento de materiais plásticos, que fornecem produtos às empresas montadoras do bem final.

Segundo o diretor, os empresários representantes do segmento acreditam que o saldo de 2016 deverá ser negativo frente aos números do faturamento de 2015, período em que o setor registrou R$3.890 milhões. “Como consequência desse cenário negativo as principais fabricantes do mercado eletroeletrônico estão concedendo férias coletivas aos funcionários, o que consequentemente nos atinge. As empresas de injeção plástica estão quase paralisando, e é um subsetor que congrega 80% da mão de obra do segmento plástico”, disse. “Atualmente, 30% dos trabalhadores do setor plástico está parado ou participando de cursos de qualificação, ou em férias remuneradas. Essas foram as alternativas que encontramos para não demiti-los”, completou.

Abreu relata que a mão de obra atuante na fabricação de materiais plásticos é diferenciada com expertise no manuseio produtivo, por isso, as empresas se esforçam para evitar a ocorrência de demissões. “Procuramos manter os principais servidores na empresa porque são profissionais que passaram por cursos profissionalizantes e têm técnicas essenciais para a produção. Se os demitimos será bem difícil conseguir nova mão de obra qualificada”.

O faturamento registrado no último ano, de R$3,8 milhões, apresentou variação negativa de 5,2% em comparação a 2014 quando o setor teve saldo de R$4.448 milhões.

Terceiro empregador

Quanto ao emprego da mão de obra, o setor amarga consequências negativas há um ano. Em 2014 o setor de produção de plásticos contava com 13 mil funcionários, entre colaboradores diretos e indiretos. Porém, em 2015 esse número fechou em 8,6 mil trabalhadores. “Vale lembrar que somos o terceiro maior polo em relação a emprego da mão da mão de obra no PIM”, alertou o diretor.

De acordo com Abreu, há fatores contribuintes para a manutenção das atividades como é o caso da manutenção da isenção do pagamento de 25% do valor da tarifa de energia elétrica, incentivo concedido pelo governo Estadual às fabricantes. A transição na produção dos diversos modelos de televisão, que há alguns anos trocou o cinescópio, que eram os tubos, pelas telas planas, também colabora com a atividade industrial, ao considerar a redução na demanda por energia elétrica e maior emprego da tecnologia. “Houve uma diminuição na quantidade de plástico a ser utilizado. Porém, tivemos um aumento na tecnologia empregada com dupla injeção de cores. O valor agregado da peça ficou dentro da mesma proporção de investimento. Ou seja, usamos menos plástico com maior tecnologia”

O setor reúne 113 empresas, das quais, 30 são verticalizadas, empresas que produzem para o setor de eletroeletrônicos e ainda plásticos para a própria empresa. “Somente 36 empresas são associadas ao sindicato e esse grupo é responsável por 80% do faturamento do polo de plásticos. Enquanto as demais são empresas pequenas que fazem parte do sistema Simples (que não obriga a sindicalização) ou que estão se estruturando”, relatou Abreu.

Fonte: JCAM

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