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Setor não teme reajuste tributário

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09/09/2014

A expectativa de um possível aumento da tributação do setor de bebidas, previsto pelo governo federal para acontecer até o final do ano não preocupa representantes do segmento de bebidas amazonenses. O Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus descarta a possibilidade de demissões e afirma que caso o reajuste seja aplicado os preços finais dos produtos devem ser alterados. Estudos da Receita Federal apontam para um reajuste médio de 15% no imposto do setor.

O reajuste dos impostos é direcionado às bebidas frias, categoria que reúne produtos como a cerveja, água, isotônicos e refrigerantes. O vice-presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus, Luiz Cruz, informa que a aplicação do reajuste ainda está indefinida e que caso a medida seja implementada a nível nacional a indústria local, consequentemente, deve proceder com as alterações necessárias. “Quando a alteração começar a vigorar a indústria procederá as devidas análises de sua nova planilha de custos, e se houver necessidade, poderá fazer reajustes em seus preços finais”, disse.

De acordo com Cruz, neste primeiro momento os fabricantes não se assustam com a possibilidade da ocorrência de um aumento dos impostos. Ele também disse que o fator decisivo no quesito contratação ou desligamento de funcionários está diretamente ligado ao volume de vendas da empresa. “A princípio não haverá demissões. O que efetivamente define o quantitativo de empregados em cada unidade fabril é o mercado”, comenta.

O aumento das alíquotas do setor foi anunciado pelo governo no final do mês de abril, mas as novas tabelas com os preços das bebidas só entrariam em vigor em junho. Porém, em maio o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o adiamento por três meses da decisão de aumentar os impostos para o setor de bebidas, prazo que expirou no dia primeiro de setembro. No dia 19 de agosto a presidente Dilma Rousseff descartou a possibilidade do aumento, enquanto Mantega disse que não havia desistido da proposta do aumento e que iria conversar com o setor para tomar novas decisões.

Segundo o vice-presidente, o aumento dos impostos não está atrelado a qualquer questão relacionada à saúde pública como por exemplo à tentativa de diminuir o consumo do açúcar pela população. “Não há nenhuma ligação entre os fatos. Hoje, a indústria de bebidas já oferece inúmeras alternativas aos seus consumidores quanto ao cuidado com a saúde. Nunca cogitamos essa ideia”.

Festas devem manter boas vendas de bebidas


Segundo os Indicadores de Desempenho do PIM (Polo Industrial de Manaus) no primeiro semestre deste ano o setor de bebidas registrou um faturamento de mais de R$ 276,4 milhões. Enquanto no mesmo período de 2013 o segmento teve o saldo de quase R$ 260 milhões. O crescimento foi de 6,58%.

O presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus, Antônio Carlos Silva, explicou que o crescimento do faturamento pode ser atribuído ao fator clima, ao considerar que em boa parte do ano Manaus apresenta altas temperaturas climáticas que incentivam o consumo de bebidas frias. Ele afirma que a expectativa do setor até o final deste ano é de ter um aumento variável entre 6% a 7% nas produções e vendas. “Nosso clima é quente o que estimula o consumo de líquidos, ao contrário do período de inverno em que constatamos uma baixa procura por bebidas”, disse. “Acredito que até o final do ano teremos um crescimento, talvez não tão expressivo, mas em bom índice, por conta das festividades de final de ano”, completou.

O vice-presidente, Luiz Cruz, afirma que no período da Copa do Mundo as vendas corresponderam às expectativas projetadas por cada unidade fabril. Ele ainda disse que as empresas não contam com produtos em estoque por conta de um planejamento de produção. “Não fabricamos produtos além das necessidades imediatas do mercado, ou seja, o estoque em alguns casos é de apenas três dias, em outros, podem durar até 15 dias”, explicou.

Fonte: JCAM

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