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Setor em marcha lenta

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19/02/2015

A produção do Polo Industrial de Manaus (PIM) começou o ano em ritmo lento. Em janeiro, a importação total de componentes caiu 23,83%, em comparação ao mesmo período de 2014. Os dados foram divulgados na última semana pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). E, de acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, as expectativas não são nada boas.

“O novo pacote econômico do País é muito grande em cima do contribuinte, tanto o físico quanto o jurídico. Quando o Governo aumenta tributos, isso tem um reflexo direto nos custos de produção. A expectativa não é boa. Todos estão com pé no freio”, disse, ao lembrar que os dois anos anteriores foram decepcionantes. “Apesar da grande esperança que tínhamos, infelizmente, foram anos muitos ruins”, completou.

Segundo ele, além do aumento dos impostos, a não realização ou atraso de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado também resultaram em influência negativa para o PIM. “Vimos obras completamente atrasadas, muita coisa foi prometida e não foi feita. A gente sabe que tem crescimento quando há investimento. Sem investimento, não há crescimento”, enfatizou.

Ainda de acordo com o vice-presidente da Fieam, não apenas houve queda nas importações, mas empresas que produzem componentes dentro do Brasil também sofrem com a crise nacional e mundial. “A economia ruim fez com que empresas tivessem planos de produção revisados e reduzidos” , disse. “Logicamente, tem impacto direto nas importações. As indústrias componentistas também tiveram abalo muito grande na produção por falta de ofertas”, completou.

Na opinião de Azevedo, talvez haja alguma mudança significativa somente no fim do ano. Porém ele não descarta a possibilidade de demissões. “Para acontecer algo positivo nesse País, dentro desse contexto, somente no segundo semestre. Se não houver melhora, não descarto a possibilidade de demissões. As empresas podem ter que fazer reajuste no quadro pessoal. Elas investem muito, então, a última alternativa é reduzir mão de obra”, disse.

Duas rodas tem queda expressiva


Nos dados apresentados pelo Mdic, o polo de duas rodas é um dos que apresenta maior queda na importação de componentes na Zona Franca. Entre as dez principais empresas do PIM, a Moto Honda viu sua importação de componentes cair 51,53%. No caso de celulares e outros eletrônicos, empresas como Samsung e LG registraram 33,24% e 16,48% a menos no comparativo com janeiro do ano passado, respectivamente.

Entretanto, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus (SIMMMEM), Athaydes Félix, não houve queda na produção de motocicletas. “Nesse momento, a queda na importação não significa queda na produção. O estoque de matéria prima já está alto, pois as empresas já têm compras efetuadas para seis meses”, explicou. “A situação econômica do Brasil e do mundo estão ruins. E, em função disso, se faz adaptação para o nível do consumo, um controle maior do que há em estoque. A produção não está boa, mas está estabilizada”, completou.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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