01/07/2015
No entanto, nos primeiros cinco meses deste ano, a indústria nacional registrou uma redução de 20,8% na venda de pneus às montadoras, segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneus (Anip). Conforme a Associação, a indústria nacional de pneus sentiu o forte impacto da queda na produção de veículos de todos os tipos no país, daí a justificativa para a redução nas comercializações de pneus.
De acordo com o gerente de relações institucionais do grupo Levorin, Fábio Centofanti, neste ano o segmento fabril sentiu impactos negativos decorrentes da recessão econômica nacional. Porém, ele conta que para conseguir driblar o declínio produtivo e de faturamento, a empresa buscou alternativas tecnológicas e de marketing como meio de reformulação dos produtos. Centofanti se restringiu em dizer que a empresa, instalada em Manaus, mantém o nível produtivo conforme o programado. "O empresariado esperava que poderíamos sofrer fortes impactos negativos no primeiro semestre em função dos eventos ocorridos no país, o que de fato ocorreu. Mas, para driblar esta fase geramos várias ações internas que passam por um forte trabalho no portfólio de produtos. Isso nos proporcionou a obtenção dos resultados para o primeiro semestre conforme o planejado, mesmo com a queda na atividade econômica", explicou.
Segundo Centofanti, independentemente dos fatores econômicos nacionais, a indústria pretende apresentar novidades ao consumidor final. Ele adianta que as inovações terão como base o uso de recursos tecnológicos e de design. A empresa iniciou a produção de pneus de motos em 2012, no ano passado passou a fabricar pneus e câmaras de ar para bicicletas e neste ano, iniciou a produção de câmaras de ar para pneus de motocicletas. "Continuamos com o firme propósito de apostar na renovação de nossa linha. A base dessa inovação é a tecnologia e o design, criando novos desenhos, modelos, diâmetros e compostos. A estratégia faz parte do plano de ações da indústria para os próximos anos e os resultados já começam a aparecer", disse. "Todas as nossas ações estão alinhadas ao nosso plano de crescimento para os próximos cinco anos", completa.
A Neotec demanda em média 1,2 mil toneladas de borracha natural ao ano. A empresa, em Manaus, conta com a atuação de 630 funcionários. O cenário na visão dos sindicatos O tesoureiro do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha e Recauchutagem do Estado do Amazonas, Antonio Mazzaro, confirma que houve redução na venda de pneus. Ele frisa que até mesmo o trabalho de recape ou recauchutagem dos pneus registrou queda na demanda de 25% nos primeiros cinco meses deste ano, em relação a igual período de 2014. "Vivemos um momento de recessão econômica que justifica a queda nas vendas", disse.
Segundo o deputado estadual Orlando Cidade (PTN), que é ex-presidente do Sindicato das Indústrias de Extração da Borracha do Estado do Amazonas, a queda nas comercializações afeta todos os setores, não somente o de pneumáticos. Eleainda relatou que países como Malásia, Singapura, Indonésia, dentre outros, fizeram um estoque excessivo de borracha ao mesmo tempo em que houve uma diminuição na demanda, resultando em oferta no preço da matéria-prima.
O deputado disse que a borracha que anteriormente era adquirida por R$9 cada quilo, hoje, pode ser comprada por até R$ 7. "O setor está em crise assim como outros setores. O segmento de agronegócios está isento destas dificuldades econômicas, mas os demais não", comenta. "Vivemos um momento de recessão econômica que justifica a queda nas vendas", disse.
Segundo o deputado estadual Orlando Cidade (PTN), que é ex-presidente do Sindicato das Indústrias de Extração da Borracha do Estado do Amazonas, a queda nas comercializações afeta todos os setores, não somente o de pneumáticos. Cidade ainda relatou que países como Malásia, Singapura, Indonésia, dentre outros, fizeram um estoque excessivo de borracha ao mesmo tempo em que houve uma diminuição na demanda, resultando em oferta no preço da matéria-prima.
O deputado disse que a borracha que anteriormente era adquirida por R$9 cada quilo, hoje, pode ser comprada por até R$ 7. "O setor está em crise assim como outros setores. O segmento de agronegócios está isento destas dificuldades econômicas, mas os demais não", comenta.
Fonte: JCAM