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Setor de componentes está pessimista

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14/10/2014

Nem mesmo a recente previsão da Moto Honda da Amazônia que aposta em um possível crescimento do segmento de duas rodas no PIM (Polo Industrial de Manaus) animou os empresários do setor componentista do Amazonas.

O presidente da Aficam (Associação dos Fabricantes de Insumos e Componentes do Amazonas) Cristóvão Marques, essa retomada poderá sim acontecer, mas não beneficiará o setor de componentes. Ele acredita que o segmento seguirá sem pedidos das grandes fábricas até, pelo menos, o mês de dezembro e classificou a situação como a pior crise da história.

“O setor de componentes está cada dia pior porque as empresas não estão comprando. Esta será a pior crise para o setor de componentes, que está morto. A Moto Honda anuncia reação do setor de duas rodas, mas eles possuem estoque de peças. Não tem pedidos até dezembro, ou seja, a crise é muito grande”, sentenciou. Para ele, no entanto, uma possível vitória do candidato tucano Aécio Neves à presidência poderá animar o mercado e reverter o cenário pessimista. “Se o Aécio ganhar os empresários acreditam e as coisas podem melhorar”, avaliou.

O empresário do ramo de moto peças, Antônio Souza, também não está otimista em relação ao fim da crise no setor de duas rodas. Ele acredita que as dificuldades enfrentadas por um dos mais importantes segmentos do Polo Industrial de Manaus não estão ligadas a uma empresa, mas sim ao cenário econômico brasileiro. Para ele não há ainda perspectivas de que a liberação de crédito aos consumidores seja retomada no curto prazo.

“Acho difícil (uma retomada) porque o problema está nos clientes, que não têm crédito. Não vejo os problemas nas empresas, mas sim no cliente, que não consegue comprar”, disse Antônio.

Mas apesar de confirmar a crise no setor de motocicletas do PIM, Antônio Souza, que também possui uma revendedora desses produtos, confirma que conseguiu enxergar uma alternativa para expandir os negócios.

“Como as motos não estão conseguindo atender ao mercado estamos trabalhando com a linha de peças para motocicletas, com isso conseguimos atender à região”, disse o empresário.

Números do setor

A indústria de motocicletas segue apresentando dados retraídos de produção, vendas e exportação no penúltimo trimestre do ano. Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), a produção do período contabilizou uma queda de 7,1% frente ao terceiro trimestre de 2013. Foram fabricadas 393.085 motocicletas ante 423.258 no ano passado. No acumulado do ano (janeiro a setembro) a queda registrada foi de 8%, passando de 1.263.203 (2013) para 1.162.698 (2014).

As vendas no atacado apresentaram recuo de 7,6% frente a 2013. De julho a setembro foram comercializadas 350.598 unidades para as redes de concessionárias, ante 379.308 no mesmo período do ano passado. Já no acumulado, o decréscimo foi de 10,7%, com 1.195.770 motocicletas ante 1.067.382, em 2014.

Pelo levantamento divulgado pela Abraciclo, as exportações também registraram baixas. O terceiro trimestre de 2014 somou 26.124 motocicletas comercializadas ao mercado externo, volume 17,5% inferior em relação às 31.676 do mesmo período de 2013. No acumulado de janeiro a setembro do presente ano foram exportadas 71.543 unidades, correspondendo a uma queda de 6,4% frente a igual período de 2013, que havia totalizado 76.453.

De acordo com Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, o fraco desempenho do setor no pós-Copa do Mundo obrigou o setor de duas rodar a revisar as estimativas de vendas para o período. Os novos cálculos mostram que a trajetória descendente persistirá pelo menos até o fim de 2014.

“Ficamos abaixo da média diária de vendas de 6 mil unidades, que era prevista para o período pós-Copa do Mundo. Diante disso, revisamos as projeções de fechamento de 2014, passando a considerar uma produção total de 1.550.000 unidades, vendas no atacado de 1.460.000, varejo com 1.440.000 e exportações de 90 mil. Estas novas projeções indicam que, em comparação com 2013, teremos retrações de 7,4% na produção, 8,3% no atacado, 5% no varejo e 15% nas exportações”, afirma.

Fonte: JCAM

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