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Setor busca inovações contra crise

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18/07/2014

Os números de vendas e produção de motocicletas até junho último tiveram queda significativa, causando preocupação no setor. Entre os fatores principais para o recuo no segmento de duas rodas estão as exportações afetadas pelo ‘calote’ argentino e a inadimplência, que fez com que os bancos reduzissem as linhas de crédito para o consumidor de motos de baixa cilindrada. O balanço do primeiro semestre de 2014 divulgado pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) na última quinta-feira (17), mostrava dados reduzidos e as projeções até o fim do ano para o setor também não são boas.

Mercado interno respondendo

Mesmo com números negativos, uma categoria acelera e segura o setor de duas rodas, indo na contramão da crise. As vendas de motos de baixa cilindrada no mercado interno têm respondido positivamente, fazendo com que o segmento seja a possível aposta do setor. Para o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, assegurar ao consumidor novos mecanismos que garantam crédito mais fácil podem acelerar ainda mais as vendas que tiveram retração no período de janeiro a maio de 2014.

“Temos o interesse do público consumidor que usa a moto de forma profissional e este interesse é sempre crescente. Mesmo sabendo que de cada dez propostas de crédito apenas duas são aprovadas pelo sistema bancário, o empresariado deve achar formas que facilitem este acesso e inibam a inadimplência”, disse Fermanian.

Em três anos de crise as motos de baixa cilindrada foram o carro chefe nas vendas da Moto Honda. Fazendo coro com as declarações do representante da Abraciclo, o gerente de relações institucionais da Honda, Mário Okubo, insiste que um novo aporte seja dado ao segmento. “O dinheiro existe e o consumidor também. O que houve foi uma retração por conta dos bancos que frearam as linhas de crédito, por conta da inadimplência. O que podemos fazer para manter o mercado em alta é inovar e investir em novas tecnologias para as baixas cilindradas e contar com a facilitação de crédito”, conta o gerente.

Crise nas exportações

O temporário afastamento dos negócios da Argentina, o principal parceiro comercial do Brasil e do PIM (responsável por consumir 70,4% da produção da ZFM), teve impactos negativos no setor. O primeiro semestre foi de baixas nas exportações, entre os mesmos períodos de 2013 e 2014 a variação foi de -41,8% e credita-se a crise argentina alguns destes pontos.

Apesar das restrições impostas ao país vizinho, há a esperança de recuperação nas exportações para os portenhos. “Acreditamos que seja uma situação passageira e enquanto não se resolve, iremos buscar novos parceiros e tornar nossos produtos mais competitivos”, contou Fermanian.

Prorrogação da ZFM

A recente aprovação no Senado da PEC que prorroga o modelo ZFM é comemorada pelo setor. Os 50 anos a mais da Suframa e a segurança jurídica conquistada podem representar a chegada de mais investimentos e manutenção dos que aqui estão. “A classe política está de parabéns, pois defendeu o modelo até a vitória. Mesmo com dificuldades, sempre investimos na ZFM e sempre tivemos certeza da prorrogação, mas era preciso ter isso sacramentado. Agora teremos mais competitividade com outros mercados e visibilidade por produzirmos em um Estado que defende a Amazônia”, resume Okubo.

A ‘melhor notícia do ano’ assim Fermanian resume a prorrogação da ZFM e o novo fôlego ganho com a vitória no Senado. “Agradecemos ao esforço da classe política amazonense e esta vitória nos assegura novos aportes, investimentos e adensamento da cadeia produtiva”, ressalta.

Projeções para o fim do ano

Contabilizando a segunda quinzena de julho e a normalização da produção, a Abraciclo projeta até o fim do ano uma média de 5.700 motos/dia fabricadas no PIM, mas sem alcançar a marca de 2013. “Diferente de nossas primeiras projeções, baseadas nos números de 2013, no momento devemos focar em mais produtividade e aumento das vendas, fatores que foram prejudicados pela Copa do Mundo e outros aspectos que reduziram a produção do semestre em 30 mil motocicletas”, comentou Fermanian.

Fonte: JCAM

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