18/05/2015
A principal reivindicação dos servidores é a reestruturação salarial, vetada pela presidente Dilma Rousseff (PT) na Medida Provisória 660.
"Em uma mesa de negociações onde tem representantes do Ministério do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, o salário varia de R$ 12 mil a R$ 15 mil, enquanto nós ganhamos apenas R$ 4 mil", lamentou Anderson Belchior, presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa).
"O fim da greve só acontecerá se o veto presidencial for derrubado no congresso nacional, ou se uma nova medida provisória proposta pelo executivo seja publicada pela presidente " destacou Anderson Belchior.
Ele afirmou que o veto da presidente é apenas mais uma comprovação que a Zona Franca não é prioridade para o Governo Federal.
Efeitos da paralisação
A ideia, segundo Belchior, é paralisar 70% das atividades, mantendo apenas aquelas que são indispensáveis para a sociedade, como a liberação de medicamentos e alimentos. Comércios e indústrias serão os primeiros a sentirem o efeito da greve.
"Quem sentirá mais no bolso, será o empresário. O impacto pra população não acontecerá de imediato, o impacto pro empresário vai acontecer logo porque ele tem o poder econômico e financeiro pra fazer pressão junto a presidente da República", disse Belchior.
O órgão vem negociando com o Governo Federal desde 2006. Os servidores alegam terem sido enganados em 2013 e 2014.
Para dar fim à greve, Anderson Belchior afirmou que o Governo Federal precisará chamar os servidores para editar uma medida provisória ou os parlamentares terão que derrubar o veto.
Histórico
Em 2014, após diversas tentativas de negociações com o Governo Federal, os servidores da autarquia cruzaram os braços. O movimento causou um prejuízo de R$ 300 milhões ao dia para a indústria local. Após 47 dias, a greve foi interrompida.
Fonte: Portal Acrítica.com.br