21/05/2015
Anderson Belchior, presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), afirma que nessa greve atual, deixaram as reivindicações mais administrativas para focar na reestruturação da carreira. O veto (dia 8) da presidente Dilma a um artigo presente na MP 660, que se refere à equiparação salarial dos servidores da Suframa é o motivo da atual greve.
“Estamos negociando com o governo federal desde 2006, e fomos enganados em 2013 e 2014. O governo federal não quer resolver. Nós passamos pela Câmara com 354 votos e passamos pelo Senado por unanimidade, foram 81 votos. E a presidente da República não respeitou a voz do povo e não respeitou o Congresso Federal e vetou a decisão dada por eles”, destaca o presidente do Sindiframa.
Reivindicação
Para o vice-presidente da Fieam, a reinvindicação dos servidores da Suframa é “muito digna e pertinente. Por isso, é necessário que o governo federal encontre um ponto de equilíbrio. Se não pode agora porque a economia está difícil, que faça um acordo com eles. Que comecem a estabelecer um diálogo”, afirma Athaídes Mariano.
No entanto, para o presidente do Sindframa, a greve só será encerrada “se o Ministério do Planejamento ou a Casa Civil mostrarem pelo menos a medida que deve ser tomada para a reestruturação da carreira”, destaca Anderson Belchior.
A paralisação começa com as áreas não essenciais, respeitando o tempo de 48 horas para ser executada segundo a Lei da Greve, e posteriormente as essenciais, respeitando as 72 horas. “Hoje, não teremos paralisação na área de liberação de mercadorias e de acompanhamento de projetos industriais, mas todas as outras estão paradas. Tivemos dificuldade de entregar algumas notificações, mas a partir de sexta-feira (22), se conseguirmos entregar todos os documentos, a paralisação será geral”, destaca Belchior.
Para o vice-presidente da Fieam, o impacto da greve dos servidores da Suframa deverá ser sentido em médio prazo. “Normalmente as empresas tem um estoque médio de três meses – salvo algumas exceções”.
Cieam aciona Justiça contra paralisação
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) decidiu ajuizar uma ação coletiva contra a greve dos servidores da Suframa. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (20) durante assembleia geral extraordinária, que reuniu empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) associadas da entidade.
De acordo com o presidente do Cieam, Wilson Périco, defender os direitos dessas empresas de executar suas atividades é papel do Cieam. “Somos solidários aos pleitos dos servidores da Suframa. No entanto, temos que defender os direitos de nossos associados. Isso não tem nada contra o movimento dos servidores, mas entendemos que a sociedade não pode ser penalizada pela falta de bom senso e entendimento do governo federal para com os servidores”.
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Fim da greve depende do Governo Federal
Para o presidente do Sindiframa, o fim da greve está nas mãos do governo. “Eles nos chamando para emitir uma medida provisória ou os nossos parlamentares derrubando o veto, a gente sai da greve”, afirma o dirigente sindical.
Fonte: Portal Acrítica.com.br