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Sem luz no fim do túnel, indústria torce por estagnação das quedas

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04/07/2016

Com a ‘luz no fim do túnel’ ainda apagada para a indústria amazonense, comércio e serviços seguem sem expectativa de que o crescimento da economia e, consequentemente, das vendas e emprego, seja retomado neste ano. As entidades empresariais pensam em, ao menos, estagnar as quedas.

A indústria é o principal esteio da economia do Amazonas e faz os outros segmentos, como o de serviços e o comércio, se movimentarem. Como a indústria acumula quedas na produção, em faturamento e nos empregos, os demais segmentos estão sentindo a forte retração.

Os últimos dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), apontam que a indústria demitiu sem justa causa mais de 14,1 mil pessoas, eliminando mais de 6 mil postos de trabalho entre janeiro e maio deste ano. Embora o número seja robusto, 2015 foi pior. No mesmo período do ano passado, foram 20 mil dispensados sem justa causa e 8,2 mil postos perdidos.

A queda nos números negativos no emprego, no entanto, não significa melhora. “Tem uma luz no fim do túnel, mas ela está apagada. Não tem nada de diferente ainda”, disse o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.

Em termos de faturamento, o Polo Industrial de Manaus (PIM) acumula queda de 33,17% no faturamento no primeiro quadrimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Conforme dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o PIM faturou US$ 6,06 bilhões nos primeiros quatro meses de 2016 contra US$ 9,06 bilhões em 2015.

As encomendas, que tradicionalmente se intensificam no segundo semestre, estão apenas mantidas e não devem aumentar. “As encomendas foram muito modestas, nivelado por baixo. Esse ano, dificilmente a gente consegue reverter”, afirmou Périco.

Responsável pelos pedidos feitos à indústria, o comércio de Manaus também segue sem previsão de melhora. Há casos de encomendas 10% a 50% menores neste ano em relação ao 2015. “Estamos esperando passar esse ano, sobreviver e se manter”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag.

No comércio, houve 10,2 mil demissões sem justa causa e a eliminação de 4,1 mil vagas nos cinco primeiros meses de 2016. Os números mostram que a retração sobre o comércio é mais intensa atualmente. De janeiro a maio do ano passado, foram 9,7 mil demissões e 2,3 mil vagas perdidas.

O setor de serviços também viu os dados de emprego piorarem neste ano. Entre janeiro e maio deste ano, o setor demitiu sem justa causa 13,2 mil trabalhadores, perdendo 2,6 mil vagas. No mesmo período do ano passado, foram 3 mil vagas eliminadas e 14,1 mil demissões.

O segmento de serviços, especificamente na alimentação, também não vê estimativa de crescimento para este ano. Bares, restaurantes e lanchonetes tentam reduzir custos, cortar gorduras e redefinir o formato de negócios atuais para tentar estancar a queda. “O importante é bloquear ou estagnar a queda nas vendas, o que significaria um resultado positivo para o segmento”, avaliou a presidente da Associação Brasileira de Restaurantes e Hotelaria do Amazonas (Abrasel/AM), Lilian Guedes.

Fonte: Portal D24am.com

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