17/12/2013
De acordo com o instituto, as economias de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM) foram responsáveis por 25% de toda a riqueza gerada no país naquele ano. Nesse grupo, as capitais paulista (11,51%), fluminense (5,05%), e do DF (3,97%) concentraram sozinhas 20% do PIB brasileiro no período.
No conjunto ampliado de seis cidades, todas também responderam pelas maiores participações no PIB de 2011 entre os 5.565 municípios analisados – sendo que esse cenário permanece inalterado desde 2007. As cidades representavam, em 2011, 13,7% da população brasileira.
O instituto comentou que, das seis capitais, cinco são tradicionalmente concentradores da atividade de serviços – intermediação financeira, comércio e administração pública. A exceção fica por conta de Manaus, cuja economia é equilibrada entre as atividades de indústria e serviços.
Em seu levantamento, o instituto detalhou ainda que 55 municípios responderam por metade do PIB nacional daquele ano – sendo que essas cidades representavam 30,9% da população brasileira em 2011.
Excluindo as capitais, 11 municípios se destacaram por gerarem, individualmente, mais de 0,5% do PIB de 2011. Assim como Manaus, essas cidades mostraram grande integração entre indústria e serviços. São eles: Guarulhos (SP), Campinas (SP), Osasco (SP), Campos dos Goytacazes (RJ), São Bernardo (SP), Barueri (SP), Santos (SP), Betim (MG), Duque de Caxias (RJ), São José dos Campos (SP) e Jundiaí (SP).
Segundo o IBGE, em 2011 a média dos 10% dos municípios com maior PIB gerou 94,9 vezes mais renda que a média dos 60% dos municípios com menor renda.
A concentração de riqueza em poucos municípios pôde ser observada de forma mais intensa nas regiões Norte e Nordeste. Nas maioria dos Estados dessas duas regiões, os cinco maiores PIBs municipais concentravam mais que 50% do PIB estadual. Os Estados do Amapá e do Amazonas, onde os cinco maiores PIBs municipais geraram 87,5% e 86,5% dos PIBs estaduais, tiveram as maiores concentrações espaciais de renda do País em 2011.
As duas regiões também foram origem dos três menores PIBs municipais na listagem de 27 cidades que são capitais do país: a antepenúltima é Boa Vista (RR); seguida por Rio Branco (AC) e pela última colocada, Palmas (TO).
O grau de concentração de riqueza no país permaneceu inalterado em 2011, mantendo patamar observado desde 2004. O levantamento mostrou que o índice de Gini para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil daquele ano - que mede nível de concentração e cujo valor varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima) —, foi de 0,86, praticamente o mesmo resultado desde 2004.
O índice de Gini também permaneceu praticamente estacionado, entre as grandes regiões do país em 2011. Com indicador de 0,88, a região Sudeste continuou, em 2011, como a região com maior concentração de riqueza — e acima da média nacional para o mesmo ano. A região Centro-Oeste ocupou a segunda posição, com 0,85, seguido por Norte (0,81); Nordeste (0,80); e Sul (0,79). Nesse corte regional são praticamente os mesmos patamares desde 2007.
Entre as 27 unidades da federação, apenas Amazonas e São Paulo apresentaram índices de Gini superiores à média nacional, com 0,88 e 0,87 respectivamente em 2011. Os menores indicadores, entre 0,60 e 0,70, foram observados nos Estados do Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O instituto detalhou ainda o índice de Gini por atividades na economia. Para os valores adicionados brutos da agropecuária, indústria e serviços no PIB, os índices foram de 0,59, de 0,90, e de 0,86, respectivamente – também praticamente inalterados desde 2004.
A participação das capitais do país na composição do PIB em 2011 foi a menor em 12 anos. O levantamento do IBGE mostrou que a fatia das capitais no PIB foi de 33,7% há dois anos, inferior à de 2010 (34%); e a mais baixa da série histórica para esse tópico, iniciada em 1999.
Nesse conjunto de cidades, as capitais do Norte foram responsáveis por 2,4% do PIB – a menor, entre as grandes regiões. As capitais do Sul tiveram a segunda menor participação (2,8%); seguidas pelas capitais do Nordeste (4,6%); Centro-Oeste (5,3%) e Sudeste (18,6%).
Fonte: Valor Econômico